Ministério regulamenta ação para proteger macacos em risco de extinção

Medida traz ações prioritárias de conservação de macacos ameaçados de extinção. Em Pernambuco, macaco-prego-galego foi contemplado

Iniciativa visa a implantação de corredores ecológicos entre florestas onde vivem as últimas populações da espécie - Reprodução / internet

A implantação de corredores ecológicos para interligar os fragmentos florestais onde vivem as últimas populações do macaco-prego-galego (Sapajus flavius), bem como transformá-los em unidades de conservação, estão entre as ações prioritárias para a proteção do primata.

A iniciativa, que foi uma das deliberações aprovadas pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) durante o 17º Congresso Brasileiro de Primatologia, foi regulamentada por meio de portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira (14).

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A medida integra a Operação Primatas, estratégia emergencial de proteção a 35 espécies de macacos que correm o risco de desaparecer da natureza, entre eles, o macaco-prego-galego.

Em Pernambuco, o registro dessa espécie, classificada como "em perigo" no livro vermelho de animais ameaçados de extinção, ocorre em algumas matas situadas entre os municípios de Tamandaré e Nossa Senhora do Ó, na Zona da Mata Sul, e nas de Goiana,  na Mata Norte, onde vive uma maior população.

Embora contemplado nos Planos de Ação Nacional (PANs), a Operação Primatas entra como uma estratégia que articula governos estaduais e prefeituras diretamente com universidades e ONGs. Na prática, ao envolver gestores públicos, as metas de proteção ganham mais força e celeridade para saírem do papel, uma vez que os PANs têm ações de médio a longo prazo e não envolvem verba governamental.