Carlinhos é encontrado na Argentina pela PF

Pai do menino, o empresário argentino Carlos Attias, foi preso em Buenos Aires

Menino foi levado pelo pai em dezembro de 2015 - Divulgação

Após sete meses de procura, o menino Carlos Attias Bourdoux, de 8 anos, conhecido como Carlinhos, foi encontrado na Argentina pela Polícia Federal. O pai dele, o empresário argentino Carlos Attias foi preso na cidade de Buenos Aires, capital e maior cidade do país, que tem fronteira com o Brasil e o Paraguai.

O caso ganhou repercussão depois que a mãe do menino, a fisioterapeuta Cláudia Boudoux, denunciou o desaparecimento do filho e acusou o ex-marido. Carlinhos e o pai foram encontrados pela polícia na última quarta-feira (14). A informação foi repassada para a Polícia Federal de Pernambuco pelos investigadores argentinos.

O nome do empresário havia sido incluído na lista de procurados da difusão vermelha da Interpol no último dia 31 de agosto, passando a ser procurado em 192 países do mundo. A polícia brasileira está providenciando o envio de investigadores a Buenos Aires para o recebimento tanto do pai quanto da criança e retorno para o Brasil. A data da chegada deles no Brasil ainda não está definida.

Entenda o caso

O país vizinho já era considerado pela polícia como o possível destino tomado pelo empresário argentino e o filho. O menino não viajou com o pai a contragosto. Attias se utilizou da alienação parental para convencê-lo.

Primeiro, fez um acordo com a mãe da criança, para retirar a medida protetiva que o impedia de chegar perto dos filhos, expedida por ter cometido maus-tratos contra toda a família. Depois, durante as visitas, começou a jogar a mãe contra as crianças.

De acordo com Cláudia Boudoux, as mais velhas não aceitaram, mas Carlinhos teria ficado confuso. O interesse do empresário argentino nos filhos teria começado quando a mãe iniciou um novo relacionamento.

Mesmo detendo a guarda familiar, Carlos Attías estava infringindo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) por retirar a criança do convívio com a mãe. Com a federalização no caso, a polícia pernambucana passou a contar com o reforço do Interpol e da polícia Argentina.