Helder Vasconcelos interpreta todos os seus 'eus'

No espetáculo autobiográfico solo 'Eu Sou', música, dança e teatro se misturam em cena

Helder Vasconcelos apresenta 'Eu Sou' - Ricardo Moura/ Divulgação

Como quem costura delicadamente, o artista Helder Vasconcelos passa uma agulha pelo teatro, pela dança e pela música. Deu o primeiro ponto em 2004, com o solo "Espiral Brinquedo Meu", depois curvou a linha três anos depois, em "Por Si Só", e firma o nó, agora, com "Eu Sou", fechando a trilogia de espetáculos. O cantor, dançarino e ator sobe, pela primeira vez, ao palco do Teatro Santa Isabel, nesta quinta-feira (25), às 20h, dentro do Janeiro de Grandes Espetáculos, para apresentar o último solo.

"Eu Sou" vem com uma missão: focar no que Helder considera imprescindível. “Os espetáculos são sobre o que quero dizer, e eu tinha um desejo forte de falar sobre o que é imprescindível - esse foi o ponto de partida. E não tem nada mais urgente e importante de ser focado do que o amor. Chegou a hora de conversar sobre isso”, declara o artista. “Existem muitas formas de expressar esse sentimento, e essa é a minha. O amor é muito vasto, abrangente, embora sempre tenha o mesmo objetivo”, poetiza.

O título do solo reverbera o que é: autobiográfico. “Isso é um aspecto que faz os três serem uma trilogia; todos são autobiográficos. Mas não para contar uma história cronológica, em busca de necessidades pessoais. É sobre algo que eu tenho necessidade de pensar sobre, de agir, e, como eu sou artista do palco, a linguagem dessa expressão é o teatro”, manifesta. “Claro, como todo artista, busco uma ressonância em quem vai assistir. Mas são buscas pessoais. Depois que conseguimos nos expressar, queremos ver se isso tem alguma ressonância no outro. É isso que realmente faz tudo se ampliar, quando encontra com a essência do outro”, diz.

Em um diálogo entre seu eu-musical e o eu-teatral, Helder utiliza canções do mais recente disco, "Sambador", como pano de fundo para o espetáculo. "Nunca teve separação; nunca precisei juntar nada porque isso tudo jamais esteve separado. Música, dança e teatro sempre fizeram parte do mesmo impulso criativo. Esse CD não foi muito guiado pelo ritmo, mas pelas canções, pelo que eu queria falar e sobre o que eu gostaria de exprimir", elucida. "São várias canções que eu já tinha, de várias épocas da minha vida, mas quando quis fazer esse espetáculo com música, fui cavucar nos meus arquivos e acabei achando um sentido para elas. E trabalhei em cima dele", explica o artista.

Serviço
Solo "Eu Sou", de Helder Vasconcelos
Quinta-feira (25), às 20h
Teatro Santa Isabel
Ingressos: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia-entrada)
Informações: 3355-3323

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