"Cinquenta Tons de Liberdade" encerra trilogia erótica

No filme, casal Anastasia e Christian tem que lidar com vingança e a volta dos antepassados, já na lua de mel

Casal Anastasia e Christian tem que lidar com vingança - Universal Pictures/Divulgação

SÃO PAULO (Folhapress) - O casal Anastasia e Christian ganha o seu último ato em "Cinquenta Tons de Liberdade", longa que está em cartaz em cerca de 1.400 salas de cinema no Brasil e fecha a trilogia que já teve "Cinquenta Tons de Cinza" (2015) e "Cinquenta Tons Mais Escuros" (2017). Todos os filmes foram baseados nos livros da britânica E. L. James, que viraram fenômeno ao contar uma história regada a sexo e fetiches.

Dirigido pelo norte-americano James Foley, a produção mostra, logo no início, o casamento de Christian e Anastasia, vividos por Jamie Dornan e Dakota Johnson. Os dois passam, então, a viver um relacionamento cercado de luxo, amor e sexo com fetiches e ciúme. No entanto, a união não terá só momentos de tranquilidade. Já na lua de mel, os dois têm de lidar com vingança e com a volta de seus passados.

"Cinquenta Tons de Liberdade" cria ansiedade nos fãs da série que gostaram das adaptações dos outros livros da trilogia. "Os longas não decepcionaram. Livro e filme são veículos diferentes, claro, mas os longas conseguiram transpor os textos originais.



Quem os leu não ficou surpreso com os personagens", afirma a comerciante Daniele Marrese, 42 anos, fã da trilogia. Outra apreciadora, Deise Picolo, 40 anos, concorda. "Mas "Cinquenta Tons Mais Escuros" foi melhor, pois usou mais histórias do livro. E, pelo que já pude acompanhar, o "Cinquenta Tons de Liberdade" segue mais ainda o original."

Com a apreensão dos fãs, o novo filme da trilogia tende a seguir o sucesso dos outros. Os dois levaram 11 milhões de pessoas aos cinemas brasileiros. Os longas também tiveram números expressivos mundialmente. O primeiro, orçado em US$ 40 milhões, teve faturamento de US$ 571 milhões. Já o segundo custou US$ 55 milhões e faturou US$ 374 milhões em bilheteria no mundo.

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Visibilidade
Os três livros da série "Cinquenta Tons" deram visibilidade e fortuna à sua autora, a britânica E. L. James, 54 anos. Segundo a Intrínseca, editora que publica os livros no Brasil, a trilogia vendeu, entre livros de papel e eletrônicos, 7 milhões de exemplares.

Especialistas em literatura explicam o que fez a publicação ganhar números tão expressivos. Amanda Soares, mestre em literatura pela USP (Universidade de São Paulo), destaca a simplicidade da linguagem usada pela escritora britânica. "O texto não tem muito rebuscamento. E. L. James conta as histórias como se estivesse em uma conversa informal com o leitores. Isso conquista mesmo quem não está acostumado a ler."