Moqueca da Edinha é um achado fora de rota no Recife

Casa aberta há oito anos, no Barro, atrai pelo jeito informal de servir

Eduardo da Fonte, Jonathas Ferreira e Cleiton Collins - Divulgação

Os clientes de dona Edinha costumam sair “molinhos” depois de almoçar no seu restaurante, numa vila de casinhas próximas à igreja do Barro, na Zona Oeste do Recife. Um verdadeiro achado no subúrbio, onde a moqueca de estilo baiano, e de proporção generosa, causa a tal fraqueza no pós-refeição ao juntar peixe meca e camarão numa panela de barro em que o molho - com dendê equilibrado - chega fervendo à mesa.

O carro-chefe, que já foi até premiado no Festival Roda de Boteco 2010, promovido pela Associação Brasileira de Bares e Restaurante, pode vir no tamanho pequeno para duas ou três pessoas, por R$ 115, ou na versão família para quatro ou cinco integrantes, por R$ 145. A dica é ligar com antecedência para a proprietária e assim adiantar o pedido, a fim de que ela capriche ou faça as devidas adaptações. “É bom saber antes se alguém é alérgico a qualquer ingrediente”, orienta Edinha, com a postura de quem trata os clientes como gente de casa. Também pudera, o salão é, na verdade, a junção dos cômodos da casinha, reformada ao longo desses oito anos de funcionamento, para hoje atender até 60 pessoas vindas de todas as partes. “Surge gente do Interior, da Zona Norte, de Boa Viagem e até de Brasília para comer aqui”, resume orgulhosa.

Se a fome for outra, o cardápio - que nunca foi impresso, mas é falado pela dona -, inclui o peixe frito, geralmente cavala, acompanhado de pirão e arroz, que atende bem duas pessoas (R$ 50). Com o mesmo fornecedor há anos, a cozinheira também consegue peixe cioba que pode vir recheado com farofa, ovo, passa, ameixa, batata cozida e azeitona ao melhor esquema de banquete para até cinco (R$ 160). “Mas tem que pedir com dois dias de antecedência”, alerta. Entre uma garfada e outra, a anfitriã de 50 anos circula pelas mesas junto com a filha gerente, de olho na aceitação da clientela. Um clima que não permite pressa, mesmo que a vontade seja apenas de tomar uma cerveja gelada com caldinho de dobradinha ou casquinho de siri bem molhadinho.