Tininho: "Toda vez passamos por esse constrangimento"

Presidente do Santa Cruz não escondeu sua revolta pela confusão acontecida entre torcedores do Tricolor e a polícia.

Constantino Júnior - Paullo Allmeida/Folha de Pernambuco

Constantino Júnior, presidente do Santa Cruz, não escondeu sua revolta pela grande confusão que marcou o Clássico das Multidões desta quarta-feira (7). Próximo ao intervalo do jogo Sport x Santa Cruz, polícia e torcedores tricolores entraram em conflito, que resultou em muitos civis feridos e sendo atendidos na beira do campo. De acordo com Tininho, faltou planejamento e preparo das autoridades para lidar com a situação. A Polícia se pronunciou sobre o caso na manhã da quarta, confira.

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"Realmente, estou chateado, porque a gente pede muito que o torcedor vá a campo. A gente sabe da dificuldade. Pernambuco está com uma das menores médias de público do país, o que não condiz com a paixão do pernambucano por futebol. E toda vez que se joga na Ilha do Retiro, a gente enfrenta essa dificuldade", desabafou.

"São quatro catracas para um número grande de torcedores. Aí o torcedor já entra com essa sensação de ser massacrado. A gente apela tanto e estamos sendo desrespeitados dessa forma. Ali tem pais de família, diretores, ex-diretores. A gente sabia quantos torcedores vinham pelos ingressos vendidos para isso. E como se coloca num espaço bem menor para a capacidade que era prevista? Por que não houve planejamento? Se houvesse mais espaço, dificilmente aconteceria isso", observou Tininho.

Segundo o dirigente, o Santa Cruz vai se empenhar para buscar soluções. Até mesmo porque Leão e Cobra Coral voltam a se enfrentar na próxima quarta-feira (14), pelas quartas de final do Campeonato Pernambucano, na Ilha do Retiro. "Vamos entrar com nosso departamento jurídico para tomarmos providências cabíveis. O clube vai tentar dar toda a assistência a esses torcedores que acabaram feridos. O Santa Cruz se coloca à disposição dessas famílias", reforçou Tininho, que isentou a PM de culpa pelo ocorrido.

"Não estou apontando dedo para a Polícia Militar, porque sei que é um trabalho em conjunto, Mas ninguém sai de casa para apanhar. É um despreparo muito grande, mas é uma coisa recorrente. Toda vez o torcedor do Santa Cruz passa por esse constrangimento. A gente lamenta, espera que providências sejam tomadas para buscar soluções. Já vamos ter um clássico na próxima semana aqui. Será que vai ser assim de novo?", questionou.