Para o teatro, o mês é de “outubro ou nada”
De acordo com Samuel Santos, diretor da companhia "O Poste: Soluções Luminosas", o projeto representa um momento histórico para a classe artística
A frase “a união faz a força” pode até ser um clichê absoluto, mas traduz muito bem o espírito do Outubro ou Nada - 1ª Mostra de Teatro Alternativo do Recife. Diante de um momento em que a crise econômica é utilizada como desculpa para o encolhimento dos investimentos em cultura, foi o esforço coletivo que fez um grupo de artistas locais criar seu próprio festival de artes cênicas.
Desta segunda-feira (3) até o dia 29 de outubro, serão encenados 35 espetáculos, reunindo cerca de 60 nomes da cena teatral independente do Recife. O circuito de apresentações teve como impulsionador uma ação semelhante - só que de menor vulto - realizada no 26º Festival de Inverno de Garanhuns, em julho.
Na capital pernambucana, a programação vai ocupar um total de 14 espaços alternativos. Para Samuel Santos, diretor da companhia O Poste: Soluções Luminosas, o projeto representa um momento histórico para a classe artística.
“Antes de tudo, estamos diante de um ato político e de resistência. É importante mostrar para o poder público e para os espectadores em geral que há pessoas se reinventando para der continuar trabalhando a linguagem cênica na Cidade”, afirma.