Amazon vai fechar todas as suas livrarias físicas
Companhia vai se dedicar somente às lojas de alimentos, autonômas, de departamentos e moda
A Amazon confirmou, nessa quarta-feira (2), que vai fechar todas as 68 lojas de varejo, incluindo as livrarias, nos Estados Unidos e Reino Unido. As datas de encerramento das atividades serão graduais, conforme o local, e os clientes serão avisados por placas em frente aos estabelecimentos.
A mudança, segundo a gigante do e-commerce, faz parte de uma nova estratégia, cujo foco serão mercados de alimentos, como Amazon Fresh e Whole Foods, e em um conceito de loja de departamentos daqui para frente.
Também vão concentrar esforços na recém-lançada loja de vestuário Amazon Style e no Amazon Go, modelo de compras autônomas que dispensa caixa.
A empresa não especificou quantos empregos serão cortados, mas afirmou que os trabalhadores receberão indenização ou podem receber ajuda para encontrar empregos em qualquer loja da empresa nas proximidades.
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A Amazon começou on-line e sua capilaridade e porte contribuíram para a falência de alguns rivais, como a Borders.
Depois de abrir sua primeira livraria física em 2015, em Seattle, no estado americano de Washington, a empresa de Jeff Bezos testou outros formatos no varejo, como supermercados e lojas onde vende brinquedos e utensílios domésticos.
O objetivo da Amazon era ampliar o alcance e trazer sua expertise on-line para o mundo real, através de um vasto banco de dados pelo qual acompanha as preferências dos clientes.
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Mas as inovações da empresa não foram suficientes. Sua receita de lojas físicas foi de apenas 3% dos US$ 137 bilhões (R$ 698 bilhões) em vendas da Amazon no último trimestre.
Michael Pachter, analista da Wedbush Securities, disse que a Amazon, experiente em internet, está certa em abrir mão do nicho de mercado de compradores de livros físicos. Tão ruim quanto a fabricante de carros elétricos Tesla abrir postos de gasolina, diz.