Logo Folha de Pernambuco

Economia

Auxílio Brasil de R$ 400: comércio vive expectativa de melhora com o pagamento

Auxílio BrasilAuxílio Brasil - Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O primeiro dia de pagamento dos R$ 400 do benefício extraordinário do Auxílio Brasil correu sem grandes aglomerações nas agências da Caixa Econômica Federal e nas lotéricas no Centro do Rio e na Zona Norte da cidade, mas o comércio vive a expectativa desse pagamento. Teve até comerciante com promessa de receber por uma venda no fiado.

Na sexta-feira, o crédito foi feito para os beneficiários com Número de Identificação Social (NIS) de final de 1. Os pagamentos das 14,5 milhões de pessoas — e não mais 17 milhões, como dito anteriormente pelo Ministério da Cidadania — vão se estender até o dia 23 de dezembro, quando recebem os que têm NIS de final 0.

Ao contrário do prometido, o vale-gás não foi pago junto com essa primeira parcela do "quatrocentão". O novo valor do Auxílio Brasil já foi inclusive alterado no aplicativo Caixa Tem, mas no app do programa Auxílio Brasil o valor continua defasado.

No início da semana, a beneficiária Mônica Lima, de 37 anos, moradora do Lins, na Zona Norte do Rio, olhou o app do Auxílio Brasil e, em vez dos R$ 400 prometidos para dezembro, deu de cara com R$ 202.

"O valor corrigido (R$ 400) só está no aplicativo Caixa Tem. No app do Auxílio Brasil, continuam os R$ 202", diz a mãe solo de um bebê de apenas 10 meses, que lamenta não ter recebido o vale-gás: "Ajudaria na compra do botijão".

Além de beneficiários, comerciantes comemoram a correção do valor do benefício e estimam um aquecimento nas vendas, principalmente no fim do ano. Alessandro Silva, de 28 anos, que é gerente da loja American Pet no Méier, na Zona Norte, está otimista.

"Na pandemia, as vendas recuaram bastante, mas com o auxílio emergencial conseguimos ter algum fôlego. Agora, com um valor melhor de Auxílio Brasil, acredito que teremos um melhora significativa nas vendas", avalia.

Melhora nas vendas e pagamento de fiado já são realidade para a artesã Bruna Rosa, de 28 anos. Ela conta que uma cliente que havia comprado um adereço de cabelo fiado já ligou avisando que vai pagar o "pendura" porque recebeu o benefício.

"Hoje (ontem), ela me ligou toda feliz contando que viria me pagar porque o benefício dela tinha saído", diz Bruna, que tem uma barraca de turbantes e adereços na feira Mod'Arte, que fica na Praça Agripínio Grieco, no Méier.

Sandra Regina Martinas, que vai fazer 51 anos na próxima quarta-feira e trabalha há dez anos na feira, está esperançosa: "Posso até fazer uma previsão de melhora, mas não uma precisão, sabe? Hoje (ontem), como é o primeiro dia, ainda não dá para sentir nas vendas, mas estou bem otimista".

Álcool gel, máscara e distanciamento continuam firmes na loja Forte dos Papéis, que vende artigos de papelaria e presentes. E o otimismo também toma conta de uma loja.

"Esse dinheiro (R$ 400) não dá para fazer muita coisa, mas espero melhora nas vendas, principalmente por causa do Natal", diz Claudia Telles Teixeira, de 53 anos, proprietária da loja. "O benefício é mais destinado ao básico, como comida. Acredito que as pessoas que precisam do Auxílio Brasil vão priorizar a alimentação e destinar um valor menor a presentes de Natal", estima Andréa de Paula, de 46 anos, gerente da loja.

 

Veja também

Petrobras anuncia volta ao setor de etanol
NEGÓCIOS

Petrobras anuncia volta ao setor de etanol

Cerca de 30 mil candidatos negros voltam a disputar vagas no CNU
CONCURSO PÚBLICO

Cerca de 30 mil candidatos negros voltam a disputar vagas no CNU

Newsletter