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BC incorporará resultados da pesquisa Firmus nas decisões de política de monetária, diz diretor

Guillen destacou que a Firmus traz informações não presentes na Focus

Fachada do Banco Central, em Brasília Fachada do Banco Central, em Brasília  - Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

O diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, disse nesta segunda-feira, 12, que os resultados da pesquisa Firmus serão incorporados no processo de decisão da autoridade monetária. Segundo Guillen, esses dados devem auxiliar na avaliação sobre o estado da economia.

"Eu acho que é um instrumento rico de informação, então a gente vai incorporar também. Vai ajudar o entendimento, vai ajudar na análise da estrutura econômica, eu acho que ele vai se constituir um instrumento relevante de informação", ele afirmou, em uma live do BC sobre a pesquisa.

Guillen destacou que a Firmus traz informações não presentes na Focus, como as expectativas das empresas sobre os custos de mão de obra e sobre o comportamento dos salários. "Complementa um debate grande sobre mercado de trabalho que a gente vem tendo", ele exemplificou.

Variância
O diretor de Política Econômica do Banco Central destacou que as projeções de empresas para variáveis como a inflação e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) na pesquisa Firmus tem uma variância maior do que as estimativas do mercado na Focus, o que já era esperado.

"Quando você olha as projeções de empresas, elas divergem mais. Você tem projeções mais altas e mais baixas, é mais espalhado. Isso vale para a inflação, isso vale para crescimento", disse ele, ao comentar os primeiros resultados da Firmus, divulgados no período da manhã.

Ele destacou que as projeções de inflação das empresas foram consistentemente maiores do que as do relatório Focus, em torno de 4% para os próximos anos.

Dinâmica das respostas
O diretor de Política Econômica do Banco Centra disse ainda que é preciso mais tempo para entender a dinâmica das respostas de empresas à pesquisa Firmus.

Ele exemplificou que, nos primeiros resultados, grande parte das empresas espera que o crescimento do seu próprio setor supere o do Produto Interno Bruto (PIB), mas disse que ainda não é possível saber a razão.

"Eu ainda não sei se todo mundo é sempre otimista, porque a gente está aprendendo, a gente está começando aqui a pesquisa", afirmou Guillen. "Será que isso é sempre assim ou será que isso realmente quer dizer que quem está olhando ali de dentro o crescimento está achando que o crescimento está um pouco mais forte?"

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