Artes Visuais

Bienal de Veneza abre neste sábado (23), com obra de Jonathas Andrade representando o Brasil

Alagoano radicado em Pernambuco, artista visual apresenta a instalação "Com o Coração Saindo pela Boca"

Exposição "Com o Coração Saindo pela Boca", na Bienal de VenezaExposição "Com o Coração Saindo pela Boca", na Bienal de Veneza - Foto: Vicenzo Pinto/AFP

Questões universais traduzidas em linguagem (artística) e tipicamente brasileira estarão à mostra deste sábado (23) até o próximo mês de novembro na 59ª edição da Bienal de Arte de Veneza, na Itália - exposição que terá o Brasil representado pelo artista visual alagoano radicado em Pernambuco Jonathas Andrade, com a instalação inédita “Com o Coração Saindo pela Boca”

No espaço Pavilhão do Brasil, expressões populares como “nó na garganta”, “olho do furacão”, “de braços cruzados” e “empurrar com a barriga”, entre outras, levam para a Bienal o conceito trabalhado por Jonathas, que reflete sobre a formação e as idiossincrasias nacionais, considerando episódios e processos históricos.

Jonathas de Andrade criou o projeto a partir do convite de Jacopo Crivelli - curador da 34ª Bienal “Faz Escuro Mas Eu Canto”//2020-2021). Para o Pavilhão Brasil em Veneza, ele traduziu em expressões populares e utilizando partes do corpo, descrições de sentimentos e situações. Dessa forma, toda a perplexidade do corpo brasileiro a partir de vieses políticos, sociais e ecológicos, abrangeu todo panorama emocional de um País.
 


Composta por imagens, esculturas e um vídeo, a instalação tem entre as referências uma Feira de Ciência que o artista conheceu quando criança, ocasião em que passou pela experiência de visitar uma boneca chamada Eva, feita de fibra e de espuma, medindo 45 metros. Ao percorrer o seu interior, o público conhecia o funcionamento do corpo humano.



“O caminho para representar o Brasil, ou talvez apenas aludir a ele, hoje, passa inevitavelmente pelo corpo de quem vive na pele e na carne, cotidianamente, as dificuldades, as violências e as injustiças que se repetem, ano após ano, década após década, século após século. Um corpo literal e repetidamente fragmentado, silenciado, ignorado, despedaçado”, ressaltou Crivelli Visconti.

Serviço

Pavilhão do Brasil na 59ª Exposição Internacional de Arte - La Biennale di Venezia
Quando: deste sábado (23) até 27 de novembro

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