Bolsonaro diz que não irá à cúpula do Mercosul em Assunção
O presidente, candidato à reeleição nas presidenciais de outubro, não justificou sua decisão
O presidente Jair Bolsonaro informou, nesta quinta-feira (14), que não irá à cúpula do Mercosul na próxima semana, em Assunção, sem explicar o motivo.
"Falei que não vou mais. Na política, você pode voltar atrás em algumas coisas. Mas a minha decisão até o momento é de não ir ao Mercosul, apesar do apelo do Marito", disse em entrevista à CNN, referindo-se ao presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez.
"Gosto muito do Marito, temos muita coisa em comum", acrescentou.
O presidente, candidato à reeleição nas presidenciais de outubro, não justificou sua decisão.
O governo não informou por enquanto quem irá em seu lugar.
A cúpula do bloco, também integrado por Argentina e Uruguai, ocorrerá em 21 e 22 de julho de forma presencial pela primeira vez depois de dois anos sendo realizada virtualmente por causa da pandemia.
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Os membros do Mercosul negociam há anos uma flexibilização do bloco e divergem quanto à revisão da tarifa alfandegária comum e a possibilidade de que os países negociem acordos comerciais com terceiros países de forma independente.
Na quarta-feira (13), o presidente uruguaio, Luis Lacalle Pou, anunciou que vai começar a negociar com a China um tratado de livre comércio bilateral, uma decisão que já havia adiantado em setembro do ano passado.
Este tema voltará a estar sobre a mesa na cúpula de Assunção. Um acordo do Mercosul do ano 2000 estabelece que qualquer negociação com países terceiros tem que contar com o aval dos demais sócios.