Brasil continuará tendo sucessivamente taxas de inflação menores, diz Haddad
A mediana para o IPCA de setembro subiu de 0,50% para 0,53%, contra 0,27% um mês antes
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o Brasil vai continuar apresentando taxas de inflação "sucessivamente menores". E que a Selic deve acompanhar essa trajetória, na sua visão.
"Sem maquiagem em relação aos combustíveis, a inflação não oficial de 2022 estava a 8,25%. Nós estamos no segundo ano com metade da inflação de dois anos atrás. Foi uma queda muito expressiva", disse Haddad, a jornalistas, em Nova York, ao comentar a piora das projeções para a inflação brasileira no boletim Focus, publicado nesta segunda-feira.
A mediana para o IPCA de setembro subiu de 0,50% para 0,53%, contra 0,27% um mês antes.
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"Nós vamos continuar tendo, sucessivamente, as inflações menores nos próximos anos. Essa é a minha convicção", destacou o ministro.
Segundo ele, a Selic vai responder a esse comportamento. "Eu não tenho dúvida de que ela vai responder a esse comportamento", garantiu.
O ministro da Fazenda lembrou que teve um estresse no mundo em relação à política monetária global, o que afetou todos os mercados emergentes, incluindo o País. "O Brasil, por vezes, pagou um preço um pouquinho mais alto em função de questões domésticas", disse.
Haddad disse que um soluço ou outro pode ocorrer, mas que será superado pelos fatos: inflação está caindo sem comprometer o consumo das famílias e o aumento do crédito. "Vai ter um soluço ou outro em função de desinformação, em função de desconfiança, pode acontecer, mas serão vencidos pelos fatos", concluiu.