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"Cara e Coragem": novo folhetim das sete quer estimular os telespectadores a "meter a cara"

Nova novela global vai ocupar o horário das 19h, em substituição a "Quanto Mais Vida Melhor", a partir desta segunda-feira (30)

"Cara e Coragem" estreia nesta segunda-feira (30) no horário das 19h da TV Globo"Cara e Coragem" estreia nesta segunda-feira (30) no horário das 19h da TV Globo - Foto: Reprodução/Instagram

Coragem, destemor, ousadia. O “meter a cara” ganha novos impulsos pela via do entretenimento a partir de hoje, às 19h, com o novo folhetim global “Cara e Coragem”, trama assinada por Cláudia Souto e com direção artística de Natália Grimberg, dose dupla (rara) de mulheres à frente da teledramaturgia e que, por isso também, deve revelar boas novas em um enredo povoado por ação, mas com evidências de sensibilidades entre personagens. “Sempre começa a inspiração sobre o que eu quero colocar na roda, o universo que eu vou abordar.

 

Cláudia Souto e Natália GrimbergCláudia Souto e Natália Grimberg                Crédito: Reprodução/Instagram

Em ‘Pega-Pega’ (2017) quis falar de ética e agora de coragem, acho que estamos em um momento em que precisamos acordar, precisamos disso em todos os sentidos, de acordar e ir à luta”, contou Cláudia, em papo coletivo e virtual para falar sobre a novela que substitui “Quanto Mais Vida Melhor”.

 

Dublê é protagonista
Entre as novidades, Cláudia traz à tona o universo dos dublês - vividos por Pat (Paolla Oliveira) e Moa (Marcelo Serrado) – e coloca em evidência uma profissão até então, do anonimato. “Pensei em juntar o fator coragem e depois veio o desejo de dublês, falar sobre isso, de uma galera que ainda não foi abordada nas novelas.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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É uma profissão fascinante, eles estão diante das câmeras, mas são totalmente anônimos”, acrescentou ela, explicando ainda que a trama vai também abordar a coragem sob outros aspectos. “É a coragem do dia a dia, de terminar uma relação desgastada pelo tempo, da pequena decisão até a macro”. 

 

 

 

Núcleo Negro
Além dos dublês, outras histórias ganham força em “Cara e Coragem”, a exemplo do núcleo de atores negros, assunto que emocionou Cláudia Souto, que assumiu ser “fruto de um patriarcado branco”. “É tudo muito novo para mim (...) É absurdo olhar para o nosso País e ainda estar aprendendo com vocês (os atores)”, pontuou ela, e finalizou ressaltando a novela como uma obra aberta e, portanto, receptiva ao acréscimo de ensinamentos repassados, por exemplo, por Taís Araújo, Ícaro Silva e Cláudia di Moura, entre outros nomes do núcleo.

Também com lágrimas e voz embargada, a atriz Cláudia di Moura não titubeou em mostrar o quão importante foi receber sua personagem. Como a matriarca Martha Gusmão – mãe de Clarice (Taís Araújo) e de Leonardo (Ícaro Silva) – ela será rica, poderosa e comandará uma empresa familiar. E como disse ela própria, ao contrário do que é mostrado comumente no audiovisual, a sua família na narrativa não acorda de madrugada para ligar as máquinas.
 

Cláudia di Moura, atrizCláudia di Moura, atriz                            Crédito: Reprodução/Instagram

Representatividade ampla
“Marta é um aperitivo do que o povo preto tem negado ao longo do século. É um núcleo preto com três gerações de dinheiro, isso é representatividade”, destacou, para em seguida agradecer à autora.

“Obrigada, Cláudia (Souto), e que bom que essa narrativa chegou por meio de uma mulher. Temos o núcleo preto e poderoso, com o comando na mão (...) Marta vai chegar em um jatinho próprio e nessa cena pelo menos 56% do povo preto desce comigo desse avião. A família Gusmão é uma encarnação da justiça social, um acolhimento que nos faz sentir a existência de uma troca. Estamos sendo ouvidos, isso para mim é um marco na história do audiovisual brasileiro”, concluiu a atriz, levando emoção aos demais presentes na coletiva.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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E apesar do elo principal que unirá boa parte dos personagens partir de uma “mera” fórmula secreta de milhões, que pode revolucionar a medicina, “Cara e Coragem” – que terá como tema de abertura os Paralamas entoando que “A vida não é filme, você não entendeu?” (Ska, 1984) - deve ir além das obviedades noveleiras.

Como a autora Cláudia Souto asseverou em sua fala, foi “a coragem de viver no Brasil em 2022 sua maior motivação”, iniciativa que, a partir de hoje, espera-se, estimule bravuras também nos telespectadores.

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