Diretor do Telegram pede desculpas ao STF por 'negligência' e pede maior prazo
Em seu canal no Telegram, russo Pavel Durov diz que tentará 'remediar a situação' e afirma não ter recebido emails com intimações da Corte
O diretor-executivo do Telegram, Pavel Durov, pediu desculpas ao Supremo Tribunal Federal (STF) na noite desta sexta-feira (18) pela "negligência" do aplicativo em atender a intimações da Corte, e pediu uma extensão do prazo de cinco dias dado pelo ministro Alexandre de Moraes para a suspensão do serviço no Brasil. Segundo Durov, o Telegram tentará "remediar a situação" nos próximos dias para cumprir decisões judiciais pendentes.
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"Parece que tivemos um problema com e-mails entre nossos endereços corporativos do telegram.org e o Supremo Tribunal Federal. Como resultado dessa falha de comunicação, o Tribunal decidiu proibir o Telegram por não responder.
Em nome de nossa equipe, peço desculpas ao Supremo Tribunal Federal por nossa negligência. Definitivamente, poderíamos ter feito um trabalho melhor.
Cumprimos uma decisão judicial anterior no final de fevereiro e respondemos com uma sugestão de enviar futuras solicitações de remoção para um endereço de e-mail dedicado. Infelizmente, nossa resposta deve ter sido perdida, porque o Tribunal usou o antigo endereço de e-mail de uso geral em outras tentativas de entrar em contato conosco. Como resultado, perdemos sua decisão no início de março que continha uma solicitação de remoção de acompanhamento. Felizmente, já o encontramos e processamos, entregando hoje outro relatório ao Tribunal.
Como dezenas de milhões de brasileiros contam com o Telegram para se comunicar com familiares, amigos e colegas, peço ao Tribunal que considere adiar sua decisão por alguns dias, a seu critério, para nos permitir remediar a situação nomeando um representante no Brasil e estabelecendo uma estrutura para reagir a futuras questões urgentes como esta de maneira acelerada.
As últimas 3 semanas foram inéditas para o mundo e para o Telegram. Nossa equipe de moderação de conteúdo foi inundada com solicitações de várias partes. No entanto, estou certo de que, uma vez estabelecido um canal de comunicação confiável, poderemos processar com eficiência as solicitações de remoção de canais públicos que são ilegais no Brasil".