PSDB

Eduardo Leite diz que partido não pode ter dono, ser "privatizado" e entregue 'a quem não é PSDB'

As declarações foram feitas em um vídeo divulgado pela campanha

Eduardo Leite Eduardo Leite  - Foto: Itamar Aguiar/Palácio Piratini

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, afirmou nesta terça-feira que o  partido não pode ter dono, nem ser "privatizado", num claro recado ao governador João Doria, seu principal rival na disputa. Doria e Leite disputam a indicação do partido para a Presidência da República em 2022. Eles são apontados como favoritos, enquanto o ex-prefeito Arthur Virgílio, que também está no páreo, corre por fora.

As declarações foram feitas em um vídeo divulgado pela campanha, em que o gaúcho se dirige aos filiados da sigla. "Não podemos entregar o PSDB a quem não é PSDB. Para quem só sabe conjugar no 'eu'. E não sabe que o partido se conjuga no nós", afirma Leite, que anunciou que fará lives diárias para tratar das primárias.

Leite ainda afirmou que é preciso "separar o joio do trigo", ao se referir a supostas acusações contra Doria de compra de votos. No domingo, a deputada federal Mara Rocha (PSDB-AC) disse que aliados de Doria tentarem comprar seu voto, mas não apresentou provas.

Doria rechaçou as denúncias em coletiva à imprensa hoje em Brasília: "Não houve compra de votos. E se tivesse havido, denuncia-se, comprova-se e demonstra-se. Se houvesse, o candidato teria formulado da maneira correta para a devida investigação", afirmou o governador.
 

A campanha do gaúcho também reclama de pressões sobre seus aliados nos estados, inclusive com casos de demissões a quem o apoia nas prévias. No início do mês, o secretário municipal de Habitação de São Paulo, Orlando Faria, foi exonerado após declarar voto em Leite. Não foi a única denúncia desta natureza. Na linha de frente da campanha do gaúcho, o terceiro vice-presidente estadual de São Paulo, Evandro Losacco, também teve um familiar exonerado de uma autarquia estadual. Losacco é aliado do ex-governador Geraldo Alckmin, desafeto de Doria. 

Outra acusação de constrangimento de aliados que declaram voto a Leite surgiu nesta manhã e veio da vice-presidente do PSDB Mulher de Belém, Cíntia Campos, fdemitida de uma empresa terceirizada que presta serviços à Junta Comercial daquele estado. Cíntia atribui sua dispensa da Style Prestadora de Serviços Eirelli a uma ação do presidente do diretório tucano no Pará e deputado federal, Nilson Pinto, que faz campanha para Doria e é aliado do governador do Pará, Helder Barbalho (MDB).

O deputado nega: "Absoluta loucura. Essa mulher do PSDB municipal de Belém, enquanto sou do estadual. Ela não tem menor contato comigo e está sonhando", afirma Pinto.

Ao rebater as acusações do grupo de Leite, aliados de Doria têm dito que o gaúcho foi favorecido pelos caciques da sigla, que trabalharam para mudar as regras das prévias e prejudicar o paulista. Eles sustenta que o deputado mineiro Aécio Neves, imerso no ostracismo político após enfrentar denúncias de corrupção, é o principal articulador da campanha de Leite.

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