"Elvis": cinebiografia do Rei do Rock estreia nos cinemas brasileiros
Austin Butler, que interpreta Elvis Presley, vem recebendo elogios por sua atuação no filme
Depois de Freddy Mercury e Elton John, Elvis Presley é o mais novo ícone do rock a ganhar uma cinebiografia. Dirigido pelo sempre extravagante diretor australiano Baz Luhrmann, “Elvis” - que estreia nesta quinta-feira (14) nos cinemas brasileiros - carrega a missão de apresentar a uma nova geração a vida e a obra do músico norte-americano, que faleceu aos 42 anos, em 1977.
A tumultuada história do Rei do Rock é contada sob a ótica do seu famoso empresário, o coronel Tom Parker, interpretado por Tom Hanks. Por mais de duas décadas, o agente controlou a carreira do artista, levando o nome dele ao estrelato e o explorando sem pudor.
Roteirizado por Luhrmann, em parceria com Sam Bromell, Craig Pearce e Jeremy Doner, o longa-metragem mostra a trajetória de ascensão e queda do astro roqueiro. O filme revela o início da carreira de Elvis e sua entrada avassaladora na indústria do entretenimento, nos anos 1950, com um rebolado e postura rebelde que chocavam o público conservador dos Estados Unidos. O longa passa também por momentos conturbados da vida do músico, como seu conhecido vício em drogas e remédios.
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Para dar vida a um dos mais famosos personagens da música mundial de todos os tempos, Luhrmann escolheu o ainda pouco conhecido Austin Butler. A escalação parece ter sido certeira, já que o ator vem colhendo comentários positivos sobre a sua atuação. No Festival de Cannes, em maio, ele recebeu aplausos de pé da plateia por 12 minutos. Não à toa, seu nome já vem sendo apontado como uma provável indicação ao Oscar em 2023.
Em um vídeo especial publicado pela Warner Bros. Pictures no YouTube, Butler falou sobre a pressão que envolveu sua preparação para interpretar o papel e, especialmente, as canções que o filme apresenta. “Foi a minha primeira vez em um estúdio de gravação. A princípio, eu entrei em pânico, mas depois eu incorporei este sentimento porque o próprio Elvis já declarou ter sentido medo do palco”, contou.
Baz Luhrmann explora em “Elvis” o mesmo glamour visual e musical empregados em “O Grande Gatsby” (2013) e “Moulin Rouge” (2001), dois outros filmes dirigidos por ele. A trilha sonora, já disponível nas plataformas digitais, mistura diferentes ritmos e traz artistas como Eminem, CeeLo Green, Jake White, Diplo e Doja Cat.
A chegada da cinebiografia nos cinemas reacendeu também antigas polêmicas envolvendo a figura do músico norte-americano. Não é de hoje, por exemplo, que o cantor é acusado de se apropriar da cultura negra para fazer sucesso. Essa influência é evidenciada no filme, que mostra Elvis ainda criança - único menino branco em um bairro negro de Memphis - acompanhando de perto a efervescência do blues e da música gospel.
Artistas negros diretamente ligados à origem do rock são representados no longa. Surgem em cena figuras como o icônico guitarrista B.B. King (Kelvin Harrison Jr), a “mãe do rock” Sister Rosetta Tharpe (Yola), o cantor e pianista Little Richard (Alton Mason), o compositor de sucessos Arthur Crudup (Gary Clark Jr.) e a cantora Willie Mae "Big Mama" Thornton (Shonka Dukureh). O elenco traz ainda a premiada atriz de teatro Helen Thomson, que interpreta a mãe de Elvis, Gladys; Richard Roxburgh, como seu pai, Vernon; e Olivia DeJonge como Priscilla Presley, sua esposa.