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BOLÍVIA

Evo Morales é convocado para depor em processo por suposto abuso de uma menor

Ex-mandatário afirmou nas últimas horas que "há instruções" do governo para detê-lo em Tarija, embora não tenha confirmado se comparecerá à convocação

O ex-presidente boliviano (2006-2019) Evo Morales Ayma O ex-presidente boliviano (2006-2019) Evo Morales Ayma  - Foto: Aizar Raldes / AFP

O ex-presidente Evo Morales foi convocado a comparecer nesta quinta-feira perante o Ministério Público da Bolívia por suposto abuso de uma menor em 2015, quando era presidente. Morales recebeu a citação na terça-feira, no âmbito de uma investigação contra ele pelos crimes de "estupro, tráfico e tráfico de pessoas", confirmou o Ministério Público.

O ex-mandatário (2006-2019) afirmou nas últimas horas que "há instruções" do governo para detê-lo em Tarija, embora não tenha confirmado se comparecerá à convocação.

O ministro da Justiça, César Siles, esclareceu separadamente que "qualquer ordem de citação indica em seu texto que, em caso de não comparecimento, será emitido o mandado de prisão", embora posteriormente a justiça tenha suspendido essa determinação.

O líder cocalero de 64 anos classificou este e outros procedimentos investigativos abertos recentemente contra ele como uma "lawfare" (perseguição judicial) orquestrada pelo governo do presidente Luis Arce, antes aliado e agora rival na disputa pela candidatura do partido governista MAS nas eleições de agosto de 2025. "O governo traidor desencadeou uma guerra judicial, a criminalização do protesto social e a perseguição à oposição política para tentar nos proscrever", acrescentou.

Morales afirmou que foram iniciados oito processos penais contra ele desde que liderou, há mais de duas semanas, uma marcha contra o governo de Arce. O processo foi aberto no departamento de Tarija, no sul do país.

A promotora local, Sandra Gutiérrez, que em 2014 foi ministra da Justiça no governo de Morales, ordenou a prisão do ex-presidente em 26 de setembro, embora posteriormente a justiça tenha revogado sua ordem. Morales classificou a denúncia como "mais uma mentira", pois em 2020 já havia sido investigado pela mesma causa.

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