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PROTEÇÃO

Febre Oropouche: saiba como se proteger do Maruim, mosquito que transmite a doença

No Brasil, já foram registrados 7.286 casos de Oropouche, em 21 estados

Mosquito Coquillettidia venezuelensis, um dos transmissores da febre oropouche Mosquito Coquillettidia venezuelensis, um dos transmissores da febre oropouche  - Foto: Reprodução/iNaturalist

Transmitida pelo maruim, a Febre Oropouche se tornou foco de atenção entre as arboviroses diante do aumento de casos notificados nos últimos meses, em todo o país.

A população, agora, está diante de um novo desafio: seguir as estratégias de prevenção contra o mosquito.

Diante da inexistência de vacinas para evitar a Febre Oropouche, o momento requer uma intensificação dos cuidados, principalmente para as gestantes. 

No último sábado, um caso de óbito fetal por transmissão vertical de Febre Oropouche foi confirmado em Pernambuco. A gestante tem 28 anos e estava na 30ª semana de gestação. 

Segundo o médico infectologista, Filipe Prohaska, as mulheres grávidas devem reforçar ainda mais os cuidados.

“Ainda não sabemos quais são os efeitos a longo prazo para as gestantes. É preciso entender se o vírus pode evoluir para um quadro que afeta funções neurológicas ou outros órgãos da criança, trazendo sequelas pelo resto da vida”, destacou.

O combate exige reforço nas medidas de proteção para reduzir a chance de ser picado, sobretudo, em  áreas onde há presença excessiva de maruins. 

“O grande problema é o controle do vetor, o maruim e muriçoca tem hábitos bastante noturnos e se acumulam principalmente pelo problema habitacional e em locais com falta de saneamento básico. A proliferação do mosquito acontece de forma constante, ao contrário da dengue que tem os períodos sazonais de chuva, que favorecem o Aedes aegypti”, enfatizou o médico.

Como se previnir da Febre Oropouche?

Entre as principais recomendações da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE) estão a utilização de roupas que cubram mais o corpo (camisas de manga longa e calça) e a aplicação de repelentes de insetos à base de icaridina nas áreas expostas da pele.

Outra orientação é a instalação de telas em portas e janelas, além de mosquiteiros em camas e redes de dormir.

Como o inseto transmissor possui um tamanho menor quando comparado a outros vetores como o Aedes aegypti, por exemplo, é importante a utilização de telas com malha fina.
 
O maruim tem uma maior circulação nas primeiras horas da manhã e ao entardecer, entre 16h e 18h.

Evitar a circulação nesses horários e em locais favoráveis à exposição do vetor, próximos à mata e às áreas com presença de bananeira, cacau e outras árvores frutíferas, também reduz a chance de contrair a doença.

Quantos casos de Febre Oropouche foram registrados em Pernambuco?

Pernambuco possui, atualmente, 118 casos confirmados de Febre Oropouche.

Os 29 novos registros são dos municípios de Itaquitinga, Macaparana, Sirinhaém, Bonito e Garanhuns.

Mortes por Febre Oropouche

No Brasil, já foram registrados 7.286 casos de Febre Oropouche, em 21 estados, segundo dados divulgados até o dia 28 de julho de 2024.

A maioria dos casos foi registrada no Amazonas e em Rondônia. 

Na semana passada, foram confirmados os primeiros dois óbitos pela doença no país. 

Os casos são de mulheres do interior do estado da Bahia, com menos de 30 anos, sem comorbidades, mas que tiveram sinais e sintomas semelhantes a um quadro de dengue grave.

Sintomas Febre Oropouche

A infecção se manifesta com sintomas que podem incluir febre alta, dor de cabeça intensa, dores no corpo e nas articulações e, em alguns casos, erupções cutâneas. 
 

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