Governador do DF diz que Sérgio Moro é o "maior farsante do Judiciário brasileiro"
Ibaneis acusou Moro de exercer a "ditadura do código do Paraná" quando era o juiz responsável pela Operação Lava Jato
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), fez críticas ao senador Sérgio Moro (União Brasil) durante sessão solene da Câmara Legislativa do DF que entregou o título de cidadão honorário de Brasília ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin na segunda-feira, 21.
Ibaneis acusou Moro de exercer a "ditadura do código do Paraná" quando era o juiz responsável pela Operação Lava Jato. Procurado pelo Estadão, o senador disse que não se manifestará sobre o caso.
Ibaneis classificou o tempo em que Moro esteve à frente da Lava Jato como um dos piores períodos da História brasileira, inclusive pior que a ditadura militar e a ditadura do Estado Novo de Getúlio Vargas.
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O governador do DF disse que Moro humilhava réus e advogados com atitudes "escandalosas e ilegais" O emedebista classificou o senador como "o maior farsante do Judiciário brasileiro".
Zanin, que foi indicado ao Supremo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi o advogado do petista durante a Operação Lava Jato. Ibaneis ressaltou que, em sua visão, Zanin e sua equipe enfrentaram grandes dificuldades durante a defesa de Lula, "inclusive grampo no escritório".
O governador se referiu a uma decisão da Primeira Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) que condenou a União a pagar uma indenização por danos morais de R$ 50 mil ao advogado Roberto Teixeira, que defendeu Lula, por interceptação do celular dele e do telefone do escritório em 2016.
Ibaneis disse que, durante a Lava Jato, os ministros do STF estavam ludibriados, mas que, por meio do trabalho de Zanin, a verdade veio à tona e o Supremo "descortinou a farsa".