James Franco concorda em pagar R$ 11 mi para encerrar processo por abuso
Ex-alunas acusam ator de coagi-las a fazer sexo na frente das câmeras
James Franco, 43, concordou em pagar US$ 2.235.000 (mais de R$ 11 milhões) para encerrar um processo judicial movido por ex-alunas. Elas acusam o ator, que também dava aulas de interpretação, de tê-las coagido a fazer cenas de sexo explícito na frente das câmeras.
O valor foi revelado nesta quarta-feira (30) por meio de documentos oficiais que foram divulgados pela Justiça americana. O acordo ainda precisa ser aprovado por um juiz.
O processo foi aberto em outubro de 2019 por Sarah Tither-Kaplan e Toni Gaal. Elas afirmaram à Justiça americana que Franco e seus parceiros no curso de atuação "se envolveram em comportamento impróprio e com conotação sexual em relação a estudantes do sexo feminino".
Segundo contaram, elas pagavam US$ 300 (cerca de R$ 1.490) por mês para estudar na escola de atuação aberta pelo ator e seu parceiro, Vince Jolivette. No entanto, elas dizem que ele usava o poder como professor e empregador para sexualizá-las.
As alunas diziam se sentir intimidadas e sexualmente objetificadas. Elas afirmam que quem se dispunha a se despir na frente de Franco e de seus amigos recebia tratamento especial.
Os advogados de Franco negam as acusações e dizem que elas são "falsas e inflamadas, legalmente infundadas e movidas como uma ação coletiva com o objetivo óbvio de obter o máximo de publicidade possível para os Requerentes ávidos por atenção".
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Caso o acordo se confirme, as alunas estariam legalmente desistindo de prosseguir com o processo. No entanto, como se trata de uma ação coletiva que inclui outras colegas, estas últimas teriam um prazo de dois meses para decidir se preferem prosseguir com o caso.
Segundo a imprensa americana, o valor total do acordo ficaria dividido assim: US$ 840 mil (mais de R$ 4 milhões) iriam para as demandantes principais, sendo US$ 670.500 (R$ 3,3 milhões) para Tither-Kaplan e US$ 223.500 (R$ 1,1 milhão) para Gaal. Os demais US$ 1.341.000 (R$ 6,6 milhões) iria para as demais participantes da ação coletiva.
O acordo prevê ainda que as partes divulguem uma declaração conjunta. "As partes e seus advogados estão satisfeitos por ter resolvido partes desta disputa e do processo pendente", dirá o texto.
"Embora os réus continuem a negar as alegações da queixa, eles reconhecem que as requerentes levantaram questões importantes", prossegue. "Todas as partes acreditam firmemente que agora é um momento crítico para se concentrar em lidar com os maus-tratos às mulheres em Hollywood."
"Todos concordam com a necessidade de garantir que ninguém na indústria do entretenimento -independentemente de sexo, raça, religião, deficiência, etnia, origem, gênero ou orientação sexual- enfrente discriminação, assédio ou preconceito de qualquer tipo", encerra o comunicado.