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Luta, força e resiliência: conheça a pernambucana Jullie, vencedora do "Quem Quer Ser um Milionário"

Jornalista acertou as 15 perguntas e ganhou o prêmio máximo de R$ 1 milhão

A jornalista pernambucana Jullie Dutra foi a primeira vencedora do quadro "Quem Quer Ser um Milionário"A jornalista pernambucana Jullie Dutra foi a primeira vencedora do quadro "Quem Quer Ser um Milionário" - Foto: @odoyafotografia

Luta, força e resiliência descrevem a vida da jornalista pernambucana Jullie Dutra, 38, primeira vencedora do quadro “Quem Quer Ser um Milionário”, do programa "Domingão com Huck". “Eu venho de uma vida cheia de curvas, cheia de altos e baixos, mas eu nunca desacreditei na educação como ferramenta de transformação social”, disse a jornalista logo após o programa ir ao ar na noite deste domingo (10). Ela acertou as 15 perguntas e ganhou o prêmio máximo de R$ 1 milhão

 

A fé também sempre esteve presente na vida da jornalista. Para ganhar o prêmio, Jullie fez uma promessa de ir a pé da cidade de São Paulo à Aparecida. As pessoas vão ao município para demonstrar a devoção à Nossa Senhora Aparecida, considerada a padroeira do Brasil. A distância entre as duas cidades é de pouco mais de 170 quilômetros. Ela afirmou que a promessa será cumprida no mês de março de 2024. 

Natural de Limoeiro, no Agreste do Estado, Jullie foi criada pela mãe, Marise, e pela avó, Helena, na cidade de João Alfredo. Ela é mãe solo de Maria Helena, de 3 anos, que foi diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Quando tinha apenas 5 anos, Jullie perdeu o pai, Nelson, após ele ter sido assassinado. Em março de 2013, a mãe da jornalista teve um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e também faleceu. 

“Acho que a perda que realmente é uma ferida em aberto é a morte da minha mãe. O luto é um processo que não cicatriza, tem seus altos, tem seus baixos, mas eu entendi que precisava seguir. Eu entrei em depressão, e é muito difícil você sair de uma depressão com uma rede de apoio que é limitada. Quando minha mãe faleceu, eu só tinha minha avó”, disse. Ela pontuou que graças a uma rede de amigos, apoio médico e a sua profissão conseguiu superar e vencer a depressão.

Jullie se define como uma pessoa resiliente e que não desiste de nada daquilo que se propõe a fazer. “Encaro tudo que tiver de encarar, todas as adversidades, todas as atribulações da vida. Eu quis um dia ser médica, mas eu vi que não era muito a minha praia, e me voltei 100% para o jornalismo”. Atualmente, Jullie disse que está direcionando todas as “velas” do seu barco para a diplomacia, o próximo objetivo. Ela estuda para ser diplomata do Ministério das Relações Exteriores. 

De acordo com a jornalista, ela se inscreveu no programa para ter estabilidade financeira e investir em cursos preparatórios para o Instituto Rio Branco (carreira diplomática) e proporcionar mais conforto para a família. Atualmente, ela mora com a filha, a avó e sua mãe de coração Carmelita. A primeira coisa que será feita com o prêmio, segundo ela, é comprar a casa de Carmelita que sempre esteve presente na sua vida. 

“Ela me ajuda com minha filha e com minha avó, e isso não tem preço. Por mais que ela tenha todas as garantias trabalhistas asseguradas, nada do que eu fizer por ela é o suficiente diante do que ela faz por mim. Eu sempre vou ter uma dívida com ela”, comentou. 

Jullie destacou que a educação é uma bandeira que sempre levantou durante a sua trajetória. Ela lembrou às mulheres a não desistirem dos seus sonhos e lutar pelos objetivos. 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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“As mulheres não podem abrir mão dos nossos sonhos. Tem várias formas de você empoderar mulheres, seja o trabalho, o empreendedorismo. Eu escolhi e abracei a educação. E essa é uma bandeira que eu levantei no programa e essa é a bandeira que eu me sinto na obrigação de estar falando em todas as entrevistas que eu vier a dar”, disse. 

“Então minha mensagem é: estudem. A educação é uma das mais poderosas armas de transformação social de combate ao machismo. A gente só vai poder mudar essa realidade quando empoderarmos mais mulheres por meio da educação”, acrescentou. 

Carreira de Jullie
Jullie é formada em jornalismo pela Uninassau (Centro Universitário Maurício de Nassau) e pós-graduada em Direitos Humanos pela Universidade Católica de Pernambuco (Unicap). Ela é autora do livro “Caro Haiti” que conta sua experiência de dez dias hospedada no Batalhão Brasileiro do País. 

Em Pernambuco, trabalhou em algumas instituições e empresas como a Folha de Pernambuco, a Assembleia Legislativa do Estado e o Partido Progressista, como assessora. Atualmente, Jullie mora em Salvador, na Bahia, e é CEO do Grupo Coros Comunicação, agência de marketing que fundou em 2014, onde tem 14 colaboradores e cerca de 50 clientes espalhados em todo o Brasil.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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