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RIO DE JANEIRO

MC Poze sobre polícia na sua casa: "Não foi sobre mim, foi sobre minha esposa"

Vivi Noronha é alvo de mandado de busca e apreensão em operação contra sorteios ilegais; o cantor é investigado

MC Poze fala que dia foi 'sinistro', mas detalha operação da polícia na sua casa: 'Não foi sobre mim, foi sobre minha esposa' MC Poze fala que dia foi 'sinistro', mas detalha operação da polícia na sua casa: 'Não foi sobre mim, foi sobre minha esposa'  - Foto: Instagram/Reprodução

O MC Poze do Rodo correu para as redes sociais na manhã desta sexta-feira, logo após ação da Polícia Civil em sua casa. Em vídeos publicados no Instagram, o cantor tranquilizou os fãs sobre o mandado de busca e apreensão cumprido em sua residência — contra sorteios ilegais divulgados nas redes sociais — afirmando que o alvo, na verdade, é a esposa, Vivi Noronha. Poze, no entanto, é investigado.

"Os canas vieram aqui em casa com mandados de busca e apreensão. Eu não fui o indiciado. Não foi sobre mim, foi sobre minha esposa", disse Poze. O artista afirmou ainda que os agentes apreenderam joias e carros de sua casa. "E eu nem tô no bagulho".

Dizendo que favelado incomoda quando "começa a botar bagaça no bolso", o MC compartilhou ainda um vídeo em que via seus automóveis apreendidos na Cidade da Polícia. Os carros, que têm nomes, como Sábio Jr. e Menor Mal, "devem estar com saudade do papai", completou Poze.

 

Sobre o caso
O objetivo da operação, batizada de Rifa Limpa, é apreender documentos que comprovem fraudes nos processos de realização dos sorteios e bens sorteados aos supostos ganhadores. Ao todo, são dez mandados de busca e apreensão a serem cumpridos.

Entre os demais alvos da operação estão os influencers Roger Rodrigues dos Santos, o Roginho Dú Ouro; Jonathan Luis Chaves Costa, o Jon Jon; e Leandro Medeiros, o Lacraia. Quatro carros — avaliados em mais de R$ 1 milhão — foram apreendidos pelos policiais.

As investigações da Delegacia de Defraudações (DDEF) são de crimes de jogo de azar, associação criminosa e lavagem de capitais, cometidos por influenciadores digitais. Eles estariam usando suas redes sociais — com milhões de seguidores — para divulgar e promover sorteios e rifas ilegais.

A polícia aponta que os suspeitos usam parâmetros do sorteio da Loteria Federal e, assim, passam passando uma aparente impressão de credibilidade e legalidade ao sorteio. Mas não há processo de auditagem oficial para checar o real ganhador, já que eles utilizam um aplicativo customizado com indícios de fraudes, o que torna a prática ilegal.

De acordo com a polícia, para a realização de rifas é preciso uma autorização prévia da Secretaria de Avaliação, Planejamento, Energia e Loteria (SECAP), vinculada ao Ministério da Fazenda — elas podem ser realizadas apenas por instituições sem fins lucrativos.

As buscas são realizadas nas residências e locais de trabalho dos influencers investigados e pessoas ligadas a eles.

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