Ministério da Saúde finaliza documento para orientar dose de reforço na população adulta
A dose de reforço deve ser, preferencialmente, de Pfizer, já que diversos estudos mostram que o imunizante que usa a tecnologia do RNA mensageiro promove maior resposta imunológica
O Ministério da Saúde deve publicar nesta quinta-feira a nota técnica que orienta a aplicação da dose de reforço de vacina contra a Covid-19 em pessoas a partir de 18 anos que tenham tomado a segunda dose, independente do imunizante, há pelo menos cinco meses. A reportagem teve acesso antecipado ao material, que estabelece como data de autorização da aplicação a partir da última quarta.
A dose de reforço deve ser, preferencialmente, de Pfizer, já que diversos estudos mostram que o imunizante que usa a tecnologia do RNA mensageiro promove maior resposta imunológica. Na falta dessa vacina, AstraZeneca ou Janssen podem ser administradas.
“O Ministério da Saúde opta por adotar a administração, a partir do 17 de novembro de 2021, de uma dose de reforço da vacina covid-19 para todos os indivíduos com mais de 18 anos de idade, que deverá ser administrada 5 meses após a última”, diz o documento, que detalha o anúncio feito na última terça.
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Antes, a dose de reforço se destinava a idosos e a profissionais de saúde, considerados grupos de risco para a Covid-19. Imunossuprimidos — pessoas com baixa imunidade, isto é, com câncer, HIV ou transplantadas, por exemplo — recebem a chamada dose adicional, já que precisam de uma dose extra para desenvolver uma resposta imunológica satisfatória.
"Acima de cinco meses da segunda dose, independente da idade, já se pode buscar a sala de imunização. Ocorre que, no início da campanha, foi por faixa etária e também em função de comorbidades. Então, acaba seguindo esse mesmo cronograma: aqueles que têm a vacina mais antiga vão ter acesso (ao reforço) primeiro", disse o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em entrevista à imprensa.
Segundo estimativa divulgada pela pasta, mais de 100 milhões de pessoas estarão aptas a recebê-la nos próximos meses, de forma escalonada: 12,4 milhões em novembro, 2,9 milhões em dezembro, 12,4 milhões em janeiro, 21,5 milhões em fevereiro, 29,6 milhões em março, 19,6 milhões em abril e 4,3 milhões em maio.
"A vacinação veio nos mostrar como uma das medidas de prevenção primarias, que a gente reitera. Nós temos as outras, que são as medidas de barreira (uso de máscara e distanciamento social). Mas a imunização veio nos trazer que nós diminuímos a quantidade da doença grave e, consequentemente, das internações e dos óbitos. Isso é um dos grandes ganhos", afirmou a secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, Rosana Melo, em entrevista.