Mourão: é preciso manter pressão nas operações da Amazônia e avançar na regularização fundiária
Declaração do vice-presidente acontece após divulgação do aumento do desmatamento do bioma
O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) afirmou, na manhã desta segunda-feira (22), que é necessário manter operações militares na Amazônia para pressionar pela redução do desmatamento na região. Mourão também disse que é preciso fazer com que o proprietário de terra no bioma entenda que a preservação da floresta será convertida em recursos.
"Tem que manter a pressão nas operações, mas também tem que avançar os outros aspectos. Senão, a gente não consegue resolver o problema. Então, tem que avançar a regularização fundiária, o pagamento dos serviços ambientais, se modo que o proprietário de terra lá ele entenda que tendo 80% da sua área preservada aquilo vai dar um recurso pra ele anualmente. E vai compensar muito mais do que ele estar na ilegalidade e desmatar".
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Mourão é presidente do Conselho Nacional da Amazônia Legal (CNAL), que é responsável por coordenar as diversas ações em cada ministério voltadas para a proteção, defesa e desenvolvimento sustentável da floresta. A 7ª reunião do conselho está marcada para acontecer nesta terça-feira em Brasília. Durante o encontro, os ministros deverão apresentar as ações realizadas por suas pastas ao longo do ano para cumprir o planejamento estratégico do conselho. A última reunião do conselho aconteceu em 24 de agosto deste ano.
Na quinta-feira, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgou os dados do desmatamento nos 9 Estados da Amazônia Legal Brasileira. Segundo o instituto, o registro feito de agosto de 2020 a julho de 2021 foi o maior para o período desde 2006.
O relatório é do sistema Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes) e indica que houve aumento de desmatamento em todos os estados da Amazônia. O Pará foi o estado que mais desmatou o bioma: foram 5,257 km² destruídos, uma contribuição de 39,72% do total registrado. O Tocantins, por sua vez, registrou a menor área destruída: foram 28 km², um percentual de 0,2%.