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Noboa adverte máfias no Equador: "estão com as horas contadas"

A partir desta quarta-feira, as forças de segurança concentrarão seus esforços em Durán, uma das cidades mais afetadas pela violência em 2023

O presidente equatoriano, Daniel Noboa (C), cumprimenta apoiadores durante visita ao setor El Arbolito em Duran, EquadorO presidente equatoriano, Daniel Noboa (C), cumprimenta apoiadores durante visita ao setor El Arbolito em Duran, Equador - Foto: Gerardo Menoscal / AFP

O presidente do Equador, Daniel Noboa, afirmou nesta quarta-feira (17) que as máfias do narcotráfico "estão com as horas contadas" no país, imerso em  uma crise de violência resultante das disputas de poder entre as gangues criminosas.

"Não se surpreendam se o que vem for drástico, apenas se preparem, porque as máfias estão com as horas contadas", declarou Noboa à imprensa durante um evento na cidade de Durán, próxima ao porto de Guayaquil (sudoeste) e um dos focos da violência.

Desde a madrugada desta quarta-feira, cerca de 1.100 agentes - entre policiais e militares - foram destacados em áreas conflituosas de Durán, realizando revistas nas ruas e buscas em residências.

Em janeiro passado, Noboa declarou o Equador em "conflito armado interno" após a fuga de um poderoso traficante de drogas de uma prisão de Guayaquil, o que desencadeou uma onda de violência.

O presidente também implementou operações militares em outras áreas problemáticas do país, a exemplo de Manta (oeste).

A partir desta quarta-feira, as forças de segurança concentrarão seus esforços em Durán, uma das cidades mais afetadas pela violência em 2023.

Durán registrou 450 assassinatos no ano passado, sendo a segunda cidade com mais mortes violentas depois de Guayaquil (2.320), de acordo com o Observatório Equatoriano de Crime Organizado.

Em 2023, o Equador teve um recorde de 47 homicídios por 100.000 habitantes, um grande aumento em relação à taxa de 6 por 100.000 registrada em 2018.

Entre janeiro e julho, as autoridades apreenderam 149 toneladas de drogas, mais da metade do total confiscado em todo o ano de 2023 (219 toneladas).

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