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Nove soldados israelenses são presos por supostos maus-tratos a preso em Gaza, informa o Exército

Ao saber da prisão dos soldados, vários israelenses, incluindo o deputado ultranacionalista Zvi Sukkot, tentaram entrar na prisão para manifestar apoio

Manifestantes israelenses de direita, se reúnem do lado de fora da base militar de Bayt Lid enquanto protestam contra a detenção para interrogatório de reservistas militaresManifestantes israelenses de direita, se reúnem do lado de fora da base militar de Bayt Lid enquanto protestam contra a detenção para interrogatório de reservistas militares - Foto: Oren Ziv / AFP

Nove soldados israelenses foram presos no âmbito de uma investigação por supostos maus-tratos contra um detido em um centro conhecido por custodiar palestinos presos em Gaza durante a guerra, informou o Exército nesta segunda-feira (29).

Um porta-voz militar confirmou à AFP que nove soldados foram "presos para serem interrogados" neste caso. Segundo a imprensa israelense, o prisioneiro é um palestino que supostamente foi vítima de maus-tratos no centro de detenção de Sde Teiman, localizado no deserto de Neguev, no sul de Israel.

O porta-voz havia afirmado anteriormente que a investigação foi aberta "devido a suspeitas de maus-tratos significativos a um custodiado no centro de detenção de Sde Teiman", sem fornecer mais detalhes.

Ao saber da prisão dos soldados, vários israelenses, incluindo o deputado ultranacionalista Zvi Sukkot, tentaram entrar na prisão para manifestar apoio, mas foram impedidos pela polícia, conforme imagens transmitidas pela televisão.

Posteriormente, a televisão exibiu imagens de outros manifestantes diante da base militar onde os militares detidos estavam sendo interrogados.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o chefe do Exército, o general Herzi Halevi, condenaram estes protestos espontâneos.

O centro de detenção de Sde Teiman foi criado para abrigar palestinos capturados na Faixa de Gaza após o início da guerra entre Israel e Hamas, que começou com uma incursão letal de milicianos islamitas em 7 de outubro.

A Anistia Internacional pediu a Israel no meio do mês que "cesse as detenções em massa em regime de isolamento e a tortura de pessoas palestinas de Gaza".

A ONG indicou ter recolhido depoimentos de 27 palestinos que denunciaram ter sido submetidos à "tortura e a outros tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes" enquanto estiveram presos.

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