EDUCAÇÃO

Pesquisadores de engenharia renunciam e número de cientistas fora da Capes passa de 100

Os pesquisadores reforçam as críticas apresentadas anteriormente por seus colegas de que não há empenho da presidência da instituição em retomar a avaliação quadrienal

Sede da CapesSede da Capes - Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Pesquisadores que atuam na avaliação da área de engenharias da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) renunciaram a suas funções na instituição nesta terça-feira, engrossando a debandada de profissionais do órgão do governo, que agora ultrapassa uma centena de cientistas. A nova carta de renúncia coletiva soma 34 assinaturas.

O novo grupo de cientistas a abrir mão do cargo é composto por três coordenadores da área de engenharias, que tinham mandato de quatro anos, e 33 pesquisadores ad hoc, que atuam como consultores nas avaliações. Com isso, no total, já são 114 cientistas que deixaram seus cargos na instituição desde a semana passada com críticas à gestão do órgão. A debandada foi revelada pelo GLOBO no início do mês.

Em uma nova carta com críticas ao comando da Capes, que se soma às da área de matemática, física e química, os pesquisadores afirmam que “não há condições, neste momento, de se produzir uma avaliação dos programas de pós-graduação com a qualidade necessária para o cumprimento de seu papel de orientadora das políticas públicas para o desenvolvimento da pós-graduação brasileira”.
 

Os pesquisadores reforçam as críticas apresentadas anteriormente por seus colegas de que não há empenho da presidência da instituição em retomar a avaliação quadrienal, que serve para atribuir conceitos aos cursos de pós-graduação do país e está paralisada após decisão judicial.

O grupo de professores entende que a decisão da Justiça sobre a retomada da avaliação permite a retomada dos trabalhos, mas proíbe a publicação dos resultados até que o Poder Judiciário se pronuncie sobre o mérito da ação. O processo na Justiça questiona a avaliação da Capes.

“A falta de garantia de que o resultado da avaliação será tornado público fere os princípios da transparência e do respeito à comunidade acadêmica, que sempre nortearam os trabalhos desta Comissão (de pesquisadores)”, diz a carta.

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