Prévia da inflação fecha o ano em 10,42%, aponta IBGE
IPCA-15 ficou em 0,78% no mês
Puxado pela alta dos combustíveis, a prévia da inflação oficial ficou em 0,78% no mês de dezembro. Com o resultado, o indicador encerra o ano de 2021 em 10,42%.
Os dados são do IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15), divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira (23).
Analistas ouvidos pela Reuters esperavam alta de 0,80% no mês e 10,45% em 12 meses. Em novembro, o IPCA-15 registrou avanço de 1,17%, a maior taxa para aquele mês desde 2002.
Dos nove grupos pesquisados, sete apresentaram alta em dezembro. O maior impacto e variação veio dos Transportes, que encerraram o ano com alta acumulada de 21,35%. Somente este grupo contribuiu com 0,50 pontos percentuais no resultado do mês.
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Em seguida aparecem os grupos Habitação (0,90%) e Alimentação e bebidas (0,35%), que contribuíram com 0,15 p.p. e 0,07 p.p., respectivamente. O grupo Comunicação variou 0,15%, enquanto Artigos de residência subiram 1,19% na passagem de novembro para dezembro.
Apenas os grupos Saúde e cuidados pessoais (-0,73%) e Educação (0,00%) não registraram aumento no mês.
Com as pressões altistas persistentes impactando o índice de inflação, economistas projetam que o indicador encerre o ano de 2021 em dois dígitos - algo que não ocorre desde 2015, quando chegou a 10,71%.
Se confirmado, o resultado tende a ficar perto do dobro do teto da meta de inflação estipulada para este ano pelo Banco Central. O Banco Central tem como meta 3,75% em 2021, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual (p.p) para cima ou para baixo, ou seja de 2,25% a 5,25%.
Para 2022, o mercado financeiro projeta uma inflação acima de 5% e o estouro da meta pelo segundo ano consecutivo.