GREVE

Professores da UFPE rejeitam proposta do Governo e greve continua

Maioria dos docentes reunidos em assembleia optou por não aceitar o reajuste salarial zero em 2024 proposto pelo Ministério da Gestão

Assembleia para debate da proposta foi realizada na manhã desta sexa-feira (24)Assembleia para debate da proposta foi realizada na manhã desta sexa-feira (24) - FOTO: Sidney B. Carneiro e Jéssica Bernardo/Adufepe/Divulgação

Professores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) se reuniram em assembleia geral nesta sexta-feira (24) para deliberar a proposta apresentada pelo Governo Federal e ponderar a retomada das atividades acadêmicas na instituição. No total, 965 votaram contra a oferta e 546 se posicionaram a favor, com 37 abstenções. Com o resultado, a greve, que teve início em 22 de abril, deve continuar por tempo indeterminado. 

A Assembleia Geral Extraordinária ocorreu simultaneamente nos campi do Recife, no auditório do Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA) e de Caruaru, no Núcleo de Ciências da Vida do Centro Acadêmico do Agreste (CAA). Professores do Centro Acadêmico de Vitória (CAA) também participaram. Além disso, houve participação e votação dos docentes on-line. 

Segundo a professora Teresa Lopes, presidente da Associação dos Docentes da UFPE (Adufepe), o momento foi uma das maiores assembleias já realizadas pelo corpo docente.

“O resultado de hoje mostra o caminho que os professores querem seguir e se eles optaram pela greve é porque o reajuste zero não vale a pena e não significa a valorização do servidor e do professor”, destacou.

Teresa Lopes, presidenta da Associação dos Docentes da UFPE (Adufepe)Teresa Lopes, presidenta da Associação dos Docentes da UFPE (Adufepe). FOTO: Sidney B. Carneiro e Jéssica Bernardo/Adufepe/Divulgação

A oferta apresentada pelo governo durante a Mesa de Negociação foi de reajuste em duas parcelas - janeiro de 2025 e maio de 2026 -  que variam de 13,3% a 31,2% até 2026. O movimento grevista propõe a elaboração de uma contraproposta de reposição linear de 3% até julho de 2024, 9% em janeiro de 2025, e 3,5% em maio de 2026.

PRÓXIMOS PASSOS

Para Teresa, os próximos passos envolvem a articulação com a base para que a nova proposta tenha uma boa reverberação e seja ouvida pelas entidades responsáveis. 

“Agora, vamos fortalecer o movimento porque o governo precisa entender que a educação pública superior é essencial para um projeto de país inclusivo e democrático”, reforçou 

Na próxima terça-feira (28), os professores vão se reunir para discutir uma resposta à contraproposta rejeitada. 
 

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