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Doenças respiratórias

Queda na temperatura influencia nas doenças respiratórias em crianças? Entenda a relação

Com a chegada do inverno, doenças respiratórias podem aparecer com mais frequência

Com a chegada do inverno e com as temperaturas diminuindo, doenças respiratórias podem aparecer com mais frequência, principalmente entre as criançasCom a chegada do inverno e com as temperaturas diminuindo, doenças respiratórias podem aparecer com mais frequência, principalmente entre as crianças - Foto: Pixabay

Com a chegada do inverno e com as temperaturas diminuindo, doenças respiratórias podem aparecer com mais frequência, principalmente entre as crianças. Desde segunda-feira (16), grande parte do Brasil enfrenta uma semana de frio intenso causada por uma forte massa de ar polar. Em Pernambuco, segundo a Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac), a borda da massa de ar polar deve chegar com pouca intensidade, mas pode derrubar a temperatura máxima em cerca de 4ºC na Região Metropolitana do Recife (RMR)

Devido às baixas temperaturas, mais crianças podem adoecer, e a a tendência é que a procura por leitos de UTI para o público cresça no Estado. De acordo com dados da Secretaria de Planejamento e Gestão de Pernambuco, até o domingo (15), 65 crianças com quadro de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) aguardavam um leito no Estado

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), a rede de Saúde pública de Pernambuco conta, hoje, com 233 leitos para bebês e crianças com Srag, sendo 106 de UTI e 127 de enfermaria. A ocupação geral desses leitos está em 75%, sendo 59% nas vagas de enfermaria e 93% nas de Terapia Intensiva. Nos próximos dias, a previsão da SES-PE é de abertura de 20 novos leitos pediátricos de UTI no Grande Recife.

“É importante ressaltar que o Estado vive, neste momento, seu período de sazonalidade das doenças respiratórias, quando, historicamente, há uma maior ocorrência destas enfermidades. Além disso, entre os pacientes internados nos leitos voltados para casos de Srag na rede pública, menos de 2% apresentam infecção pela Covid-19, predominando, portanto, casos provocados por outros agentes infecciosos, como rinovírus, vírus sincicial respiratório, metapneumovírus, entre outros”, destacou a SES-PE em nota.

Segundo o médico infectologista e mestrando em Saúde Pública pela Fiocruz Bruno Ishigami, os vírus respiratórios tendem a se propagar em um ambiente mais frio e seco

“Como a gente está nessa entrada do inverno e é esperado um aumento de vírus respiratório, é importante que a população esteja atenta aos cuidados que devem tomar em relação a isso, principalmente entre as crianças".

Nariz escorrendo, dor de cabeça, febre e redução de apetite são alguns sintomas gripais que as crianças podem apresentar. Os pais ou responsáveis precisam estar atentos e tomar algumas precauções

“Se a criança apresentar esses sintomas, é necessário tentar evitar que ela vá para a escola e contamine outras pessoas. É importante a gente falar também da testagem para o coronavírus dessas crianças, porque aí a gente consegue definir o tempo de isolamento ideal para evitar que isso se espalhe mais ainda”, ressalta Bruno Ishigami. 

Segundo ele, o aumento do movimento nas emergências não se relaciona, necessariamente, à gravidade do vírus. "Não significa que o vírus é mais grave, não dá para falar nessa relação ainda, mas os vírus respiratórios de forma geral podem descompensar outras doenças”, pontuou. 

Vacinação contra a gripe 
Em Pernambuco, segue até o dia 3 de junho, a fase dois da campanha de vacinação contra a influenza e o sarampo. As crianças de 6 meses a menores de 5 anos de idade (público de 603.525) podem ser imunizadas com as duas vacinas. 

Porém, para a vacina contra a gripe, a adesão está sendo baixa por parte dessa faixa etária, o que pode influenciar, também, no aumento da procura por leitos de UTI. No Estado, até o momento, apenas 19,6% das crianças - um total de 123.333 vacinas aplicadas - foram imunizadas com a vacina trivalente contra a influenza

A vacina trivalente contra a influenza, utilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), é produzida pelo Instituto Butantan e é eficaz contra as cepas H1N1, H3N2, incluindo a cepa Darwin e tipo B.

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