Semana de violência deixa ao menos 15 mortos e 20 sequestrados no estado mexicano de Sinaloa
Os combates armados que afetam a capital Culiacán e seus arredores estão relacionados a disputas internas do Cartel de Sinaloa
A escalada de violência que abala desde segunda-feira o estado mexicano de Sinaloa (noroeste), devido ao confronto interno de uma poderosa organização do narcotráfico, deixou pelo menos 15 mortos e 20 sequestrados, informou nesta sexta-feira (13) o Ministério Público local.
Os combates armados que afetam a capital Culiacán e seus arredores estão relacionados a disputas internas do Cartel de Sinaloa, após a detenção nos Estados Unidos de um de seus líderes, Ismael "El Mayo" Zambada, explicaram as autoridades.
Sócio do ex-líder do Cartel de Sinaloa, Joaquín "El Chapo" Guzmán, condenado à prisão perpétua nos Estados Unidos, "El Mayo" rejeitou as acusações de tráfico de drogas diante de um tribunal em Nova York.
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Zambada, cofundador do cartel, foi capturado pelas autoridades americanas juntamente com Joaquín Guzmán López, um dos filhos de "El Chapo", que o teria sequestrado para entregá-lo ao país vizinho.
"A rivalidade decorre dos eventos de 25 de julho [prisão de Zambada] e na qual estão envolvidos dois grupos", disse em entrevista o governador estadual Rubén Rocha Moya.
Rocha afirmou que os episódios de violência têm ocorrido em Culiacán e na área rural ao redor, bem como nos municípios vizinhos de Elota, San Ignacio e Cosalá.
O presidente Andrés Manuel López Obrador comentou nesta sexta-feira sobre a violência em Sinaloa, para onde foram deslocados centenas de militares.
"Tem havido alguns problemas. Está o Exército, está a Marinha, está a Guarda Nacional. Dizer ao povo de Culiacán — porque, além disso, é só Culiacán — que estamos atentos; que se atue com precaução, mas sem alarmismo", disse em sua habitual coletiva de imprensa.
O mandatário também pediu aos grupos em conflito que "ajam com um mínimo de responsabilidade". "É sua família, são seus conterrâneos; é seu município, é seu estado, é seu país", acrescentou.
Até o fim de agosto, as autoridades haviam vinculado cerca de 10 assassinatos aos conflitos internos do cartel.