Economia

Sob pressão, Bolsonaro critica a Petrobras: 'Não é aquilo que eu gostaria'

Presidente ressaltou que não tem ingerência direta sobre empresa, mas disse que fará o que for possível alterar situação

Presidente da República, Jair BolsonaroPresidente da República, Jair Bolsonaro - Foto: Clauber Cleber Caetano/PR

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta quarta-feira (16), que a Petrobras não é o que ele "gostaria" e que ele fará o que for possível para alterar a atuação da empresa, apesar de ressaltar que não tem ingerência direta sobre a companhia. Bolsonaro tem demonstrado irritação com a Petrobras pelo aumento no preço de combustíveis.

"Tenho minhas críticas à Petrobras também. Não é aquilo que eu gostaria, não. O que eu pude fazer…Eu não mando na Petrobras, não tenho ingerência sobre ela, mas o que a gente pude fazer, a gente faz", disse o presidente, em conversa com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada.

Apesar de ter demonstrado incômodo com a empresa, Bolsonaro tem sido aconselhado por auxiliares e ministros a manter Joaquim Silva e Luna à frente da Petrobras.

Assessores vêm dizendo ao presidente que a troca do comando da empresa não teria efeito algum, já que o substituto não teria autonomia para mexer sozinho na política de preços da estatal.

Na terça-feira, Bolsonaro cobrou que a Petrobras acompanhe a queda no preço do petróleo no mercado internacional, que chegou a encostar em US$ 140, com a escalada da guerra na Ucrânia, e diminua o preço da gasolina e do diesel no Brasil.

Na semana passada, a estatal anunciou um aumento de 18,77% na gasolina e de 24,9% sobre o óleo diesel nas refinarias, após quase dois meses sem aumentos. O reajuste foi anunciado um dia antes de o Congresso aprovar um projeto para tentar reduzir os preços dos combustíveis.

Além de Bolsonaro, a cúpula do Congresso também anda insatisfeita com a Petrobras. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), chegou a dizer que a Petrobras deu um "tapa na cara" dos brasileiros com os reajustes.

Por sua vez, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), criticou o lucro da empresa (superior a R$ 100 bilhões).

 

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