Suspeito de matar Renata Alves alega, em depoimento no Recife, que tiro foi acidental
De acordo com a Polícia Civil de Pernambuco, homem será encaminhado ao Cotel
O suspeito de matar Renata Alves da Costa em um apartamento no bairro de Campo Grande, Zona Norte do Recife, prestou depoimento, nesta quarta-feira (10), no Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), no bairro do Cordeiro, Zona Oeste da capital pernambucana.
O homem, que não teve o nome divulgado pela Polícia Civil de Pernambuco, em razão da Lei de Abuso de Autoridade, que veda o compartilhamento da informação até a condenação, foi preso, na terça-feira (9), no Aeroporto de Natal, capital do Rio Grande do Norte.
Após prestar o depoimento, o suspeito foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) do Recife, localizado no bairro de Santo Amaro, área central do Recife. No local, ele passará por exame de corpo de delito.
Por fim, o homem será conduzido ao Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, Região Metropolitana do Recife.
As investigações do caso, apurado pela Polícia Civil como feminicídio, estão sob a responsabilidade do delegado Roberto Lobo, da 2ª Delegacia de Polícia de Homicídios (DPH), que deverá falar sobre o caso após a conclusão do inquérito policial.
O delegado não quis gravar entrevista no DHPP, nesta quarta-feira, mas falou à imprensa que o suspeito confessou parcialmente o crime. Ele teria afirmado que o disparo teria sido "acidental".
A polícia está com duas armas ligadas ao suspeito, sendo uma encontrada no dia do crime, que não teria sido usada para tirar a vida de Renata, e a arma utilizada na morte.
Em nota, a Polícia Civil disse que "a equipe segue dedicada à investigação, realizando todas as diligências necessárias para o completo esclarecimento do crime e conclusão do procedimento policial".
O caso
O corpo de Renata Alves Costa foi encontrado no apartamento onde morava, no bairro de Campo Grande, Zona Norte do Recife, na tarde de domingo (7). O crime teria sido praticado na noite do sábado (6), de acordo com a Polícia Civil. Renata foi morta com um tiro na testa.
O velório e o sepultamento do corpo de Renata ocorreram na terça-feira (9), no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, na Região Metropolitana do Recife.
De acordo com um tio de Renata, o representante comercial José Augusto Alves Filho falou em nome da família no enterro da administradora, a família não sabia do relacionamento com o então namorado, que é paraibano e psicólogo. Ele é o principal suspeito de ser o autor do crime.
O casal estaria junto há aproximadamente seis meses, e a vítima apenas mencionava se tratar de um “ficante”, que não duraria muito tempo.
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