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CINEMA

"The Electric State": Netflix estreia filme dos irmãos Russo estrelado por Millie Bobby Brown

Atriz e diretores vêm ao Brasil para lançamento do longa em bloco de Carnaval

Millie Boby Brown estrela "The Electric State"Millie Boby Brown estrela "The Electric State" - Foto: Netflix/Divulgação

“The Electric State” foi lançado nesta quinta-feira (13), mas já é considerado um marco histórico da Netflix. O filme, dirigido pelos irmãos Anthony e Joe Russo - responsáveis pelo sucesso da franquia “Vingadores”, na Marvel -, é a produção mais cara já realizada pela plataforma, com um impressionante orçamento de 320 milhões de dólares.

O investimento milionário, no entanto, não poupou o longa-metragem das críticas negativas. Após algumas pré-estreias nos Estados Unidos, a obra figura no Rotten Tomatoes - famoso agregador de resenhas na internet - com apenas 19% de aprovação.

“The Electric State” é uma adaptação da graphic novel homônima assinada pelo sueco Simon Stålenhag, com nomes do tamanho de Chris Pratt, Stanley Tucci, Ke Huy Quan e Giancarlo Esposito no elenco. A estrela da série “Stranger Things”, Millie Bobby Brown, encarna a protagonista.

Retrofuturismo
A trama é ambientada nos anos 1990, em uma espécie de realidade alternativa retrofuturista onde tecnologia e nostalgia andam de mãos dadas. Após vencerem a guerra contra os robôs graças à tecnologia de controle de drones desenvolvida pela empresa Sentre, os humanos passaram a viver isolados em capacetes de realidade virtual.

Michelle (Millie) é uma adolescente rebelde e que despreza o uso do chamado Neurocaster. Vivendo em um lar adotivo após a morte dos pais, um dia ela recebe a visita de Cosmo, um robô que pode ajudar a encontrar o irmão que ela julgava estar morto. Com a ajuda do contrabandista Keats (Chris Pratt), ela parte em busca de pistas na Zona de Exclusão, uma área do deserto onde os robôs foram isolados depois da fracassada rebelião.

Adaptação
Embora espelhe visualmente o livro, a adaptação dos irmãos Russo perde muito do conceito original da obra. O tom sombrio da narrativa e a crítica à nossa relação com a tecnologia são diluídos entre piadas que nem sempre funcionam e referências pop descaradamente feitas para agradar o público.

Millie Bobby Brown segura bem o papel de heroína adolescente, nada muito diferente dos seus papéis anteriores. Chris Pratt - em uma performance que remete a “Guardiões da Galáxia” - brilha em alguns momentos, mas é prejudicado por um personagem que pouco acrescenta ao enredo.

“The Electric State” ganha alguns pontos no que diz respeito à construção visual, especialmente dos robôs animatrônicos que parecem saídos de um parque da Disney. No entanto, falta ao filme algo que o diferencie de um sci-fi genérico, bebendo de todas as fontes possíveis do gênero, mas sem criar uma identidade própria.

Lançamento
Apesar de suas falhas latentes, o longa-metragem não deve jogar fora os milhões investidos. Seja pelo visual atraente, pelos robôs carismáticos ou pela aventura empolgante, o filme tem os elementos necessários para entreter o público mais amplo do streaming, ainda que não cause um grande impacto cultural.

A Netflix tem apostado suas fichas na divulgação do longa, anunciando a vinda de Millie Bobby Brown e dos diretores Anthony e Joe Russo ao Brasil para o lançamento. Eles participarão do “Trio Electric State”, uma festa de Carnaval em São Paulo, que ocorre amanhã, com direito a abadá, trio elétrico e uma atração musical surpresa.

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