GUERRA

Tropas de Israel e do Hezbollah voltam a se enfrentar no sul do Líbano; número de mortos em bombarde

Movimento libanês afirmou ter disparado com 'fogo de artilharia' contra soldados israelenses que tentavam uma incursão; Exército israelense anunciou novos bombardeios

 Pessoas e equipes de resgate se reúnem perto dos escombros fumegantes de um prédio destruído em um ataque aéreo israelense no bairro de Haret Hreik, nos subúrbios ao sul de Beirute Pessoas e equipes de resgate se reúnem perto dos escombros fumegantes de um prédio destruído em um ataque aéreo israelense no bairro de Haret Hreik, nos subúrbios ao sul de Beirute - Foto: Ibrahim Amro/AFP

As Forças Armadas de Israel e o Hezbollah voltaram a entrar em confronto na fronteira sul do Líbano nesta quinta-feira, enquanto a campanha aérea israelense contra o país vizinho não dá sinais de trégua. Enquanto o grupo xiita afirma ter repelido ao menos uma tentativa de invasão terrestre, Israel voltou a emitir uma ordem de retirada à população civil de localidades no sul, indicando novos bombardeios após os ataques noturnos e pela madrugada contra Beirute. O Exército libanês, que não participa diretamente do confronto, confirmou a morte de um soldado. Uma agência de notícias local confirmou um novo bombardeio na capital.

Na campanha terrestre, o Hezbollah afirmou ter repelido uma incursão militar israelense na região da Porta de Fátima, disparando "fogo de artilharia" para forçar o recuo das tropas inimigas. Em um outro embate, o movimento libanês disse ter detonado dois dispositivos explosivos contra uma força de infantaria israelense que tentava avançar em direção à cidade de Maroun al-Ras. Oito soldados israelenses morreram no dia anterior em combates no sul do Líbano.

O Exército de Israel, por sua vez, disse ter matado 15 combatentes do Hezbollah em um bombardeio noturno contra o edifício da prefeitura da cidade de Bint Jbeil, no sul do Líbano. Ao todo, os militares disseram ter eliminado cerca de 60 combatentes inimigos no dia anterior. O Ministério da Saúde libanês, por sua vez, comunicou que o número de mortos durante um bombardeio israelense contra o bairro de Bachoura, em Beirute, entre a noite e a madrugada desta quinta, subiu para nove, incluindo funcionários dos serviços de emergência. Quatorze pessoas ficaram feridas.

Os militares israelenses deram avisos de que vão continuar com a campanha. O porta-voz em árabe do Exército do país, Avichay Adraee, voltou a emitir um alerta para que residentes de 25 localidades do sul do país deixem suas casas, antecipando novos ataques contra posições do Hezbollah — algo que se repete nos últimos dias. Ao todo, mais de 70 cidades e aldeias já receberam avisos similares.

"As FDI não tem intenção de ferir você, e para sua própria segurança, você deve se retirar de sua casa imediatamente e seguir para o norte do Rio Awali. Salvem suas vidas", disse o porta-voz em um alerta publicado na rede social X.

A agência de notícias estatal do Líbano disse que três ataques aéreos israelenses atingiram ume reduto do Hezbollah no sul de Beirute nesta quinta-feira, em uma nova ação após a noite de intenso bombardeio. Agência Nacional de Notícias informou que "aeronaves inimigas" lançaram "três ataques" nos subúrbios da capital.

O Exército do Líbano afirmou que um ataque israelense matou um de seus soldados durante uma operação de resgate com a Cruz Vermelha na cidade de Taybeh, no sul do país, nesta quinta-feira. A organização de saúde disse que quatro de seus voluntários ficaram feridos.

"Um soldado foi morto e outro ficou ferido como resultado de uma agressão do inimigo israelense durante uma operação de evacuação e resgate com a Cruz Vermelha Libanesa na vila de Taybeh", comunicaram as autoridades militares.

Novos ataques contra o território israelense, com foguetes e drones, também foram registrados. Apenas na manhã desta quinta-feira, o Exército israelense afirmou que cerca de 110 projéteis foram disparados contra regiões do norte do país, como Golã e Galiléia. Não há relato de mortos ou feridos com gravidade. (Com AFP e NYT)

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