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Violência

Violência, assédio e feminicídio são as principais preocupações das mulheres, aponta levantamento

O levantamento foi realizado pelo Ipespe e ouviu três mil mulheres de todas as regiões do Brasil

Violência contra mulher Violência contra mulher  - Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil

No mês da mulher, um dado chama a atenção: a violência e o assédio são as principais causas de preocupação entre mulheres no Brasil. O levantamento foi realizado pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) e ouviu três mil mulheres de todas as cinco regiões do Brasil. A violência e o assédio preocupam 40% das entrevistadas, seguidos do feminicídio, com 26%.

Para quase oito a cada dez brasileiras (77%), a casa é o lugar onde as situações de violência, ameaça e assédio mais ocorrem. A advogada criminalista, Maria Carvalho, que atua diretamente com mulheres vítimas de violência, alerta que os dados são preocupantes.

“É preciso estimular políticas públicas que se voltem para essa questão. Denunciar é muito difícil, a maioria das vítimas prefere sofrer calada, mas isso precisa mudar”, diz a advogada.
 


Ainda segundo a pesquisa, apenas 30% das vítimas denunciam o agressor em órgãos oficiais e para 59% delas, pelo medo de serem perseguidas.

“Sabemos o quanto ainda é frágil o sistema de proteção às vítimas e o quanto os feminicídios são frequentes. Isso assusta e intimida. Na contramão, empodera os agressores, que acreditam na impunidade”, alerta Maria. 

Cinquenta e cinco por cento das brasileiras viram ou tiveram conhecimento sobre mulheres próximas foram vítimas de situação de violência. Na faixa etária de 18 a 24 anos, o percentual salta para 63%. “A violência contra a mulher está em todas classes e faixas etárias. Precisamos estar atentas para encorajar a denunciar aquelas mulheres que estão à nossa volta”, finaliza a jurista.

Como denunciar

Os casos de violência doméstica podem ser denunciados à Polícia Militar através do número 190 ou pela Ouvidoria da Mulher, por meio do telefone 0800.281.8187. Além desses canais, há delegacias e centros de apoio a vítimas de violência em todo o estado.

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