Suspensão de operações

McDonald's, Starbucks e Coca-Cola decidem deixar a Rússia

L'Oreal e Unilever também anunciam saída do país em nova leva de marcas que abandonam o mercado russo. Pepsi reluta, mas considera se juntar ao boicote

StarbucksStarbucks - Foto: Pixabay

O McDonald’s anunciou nesta terça-feira (8) que está suspendendo suas operações na Rússia. Com isso, todas os 850 restaurantes no país serão fechados temporariamente como resposta à invasão da Ucrânia. Hoje, Coca-Cola e Starbucks também anunciaram a saída do país. Já a PepsiCo disse que suspenderá toda a publicidade e a venda de suas marcas de bebidas. Mas continuará a vender produtos essenciais, como leite e comida para bebês.

"Os nossos valores não nos permitem ignorar o sofrimento humano que se vive na Ucrânia”, justificou Chris Kempckinski, CEO do McDonald’s.

A empresa afirma que continuará pagando o salário dos 62 mil funcionários enquanto as lojas estão fechadas. O McDonald's operava no país há 30 anos e estava sob forte pressão dos consumidores por um posicionamento em relação à guerra na Ucrânia.

Ao comunicar a decisão, a empresa relata a quebra na cadeia de suprimentos, num contexto em que várias multinacionais abandonaram seus negócios na Rússia por causa da guerra e também por dificuldades de operar num país que foi desconectado dos sistemas globais de pagamentos pelas sanções ocidentais.

"Neste momento, é impossível prever quando poderemos reabrir nossos restaurantes na Rússia. Estamos passando por interrupções em nossa cadeia de suprimentos, juntamente com outros impactos operacionais. Também acompanharemos de perto a situação humanitária".

Em comunicado, a Coca-Cola Co. disse que está suspendendo os negócios na Rússia após a invasão da Ucrânia pela nação. "Nossos corações estão com as pessoas que estão resistindo a efeitos inconcebíveis desses trágicos eventos na Ucrânia", declarou a empresa no texto, que acrescentou que continuará a monitorar e avaliar a situação à medida que as circunstâncias evoluam.

Já a Starbucks, além de fechar suas lojas no país, também não enviará mais produtos ou café à empresa licenciada local. Com isso, informou que o Alshaya Group, com sede no Kwait e à frente da operação de ao menos cem filiais do Starbucks na Rússia, “fornecerá apoio aos quase 2.000 parceiros na Rússia que dependem da Starbucks para sua subsistência”.

Também nesta terça-feira, a gigante de cosméticos L'Oreal anunciou que fechará temporariamente suas unidades. A decisão valerá tanto para as lojas próprias da L'Oreal tanto para os pontos de venda dentro de lojas de departamentos, assim como seus sites de vendas na Rússia.

“Condenamos veementemente a invasão russa e a guerra na Ucrânia, que está causando tanto sofrimento ao povo ucraniano”, disse a empresa francesa em comunicado.

A maior empresa de cosméticos do mundo também disse que suspenderia todos os investimentos em propaganda na Rússia e considera tomar medidas adicionais referente aos seus 2.200 funcionários no país.

Na Ucrânia, a L'Oreal tem 326 funcionários. A maioria permanece no país em "condições cada vez mais insuportáveis", segundo nota da empresa.

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Outra gigante europeia, a Unilever, anunciou nesta terça-feira que vai suspender as importações e exportações a partir da Rússia. É a primeira grande multinacional de alimentos a tomar essa decisão.

A empresa, que é forte também no segmento de cosméticos e limpeza e tem no seu porfólio marcas como o sabão Dove e a sopa Knorr, informou porém que vai continuar a fornecer seus produtos essenciais de alimentação e higiene feitos na Rússia para as pessoas no país. Mas disse que abriria mão do lucro nessas operações.

Outras grandes empresas de consumo britânicas, incluindo as varejistas de moda on-line ASOS  e Boohoo, e a varejista de alimentos e roupas Marks & Spencer também evitaram a Rússia ou reduziram a exposição ao país.

 

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