Moro admite conversas com MDB, União e PSDB por candidatura única
Ex-ministro está em Brasília para reuniões com entidades e aliados
O ex-ministro Sergio Moro (Podemos) afirmou, nesta terça-feira (15), que acompanha as conversas entre MDB, União Brasil e PSDB por uma candidatura à presidência da República e que um acordo entre eles só terá chance de prosperar a partir de abril, após o período da janela partidária.
A presidente do Podemos, Renata Abreu, no entanto, não tem participado das principais reuniões entre os dirigentes das três siglas.
— Como está nesse período de transferência, o foco dos partidos tem sido formar as bancadas nos Estados, mas existem discussões sendo realizadas em termos de alianças com demais partidos. Isso, ao meu ver, vai se aprofundar apenas após o começo de abril, no fim dessa janela — disse Moro.
E acrescentou:
— Há uma conversa no sentido de ter uma candidatura única entre vários partidos. Não sabemos se isso vai evoluir, mas há uma expectativa de que sim, se possa ter a construção de uma candidatura única de centro contra os extremos políticos.
Questionado sobre a ausência do Podemos nas reuniões entre MDB, União e PSDB, Moro respondeu que tem "acompanhado essas discussões e conversado não só com os pré-candidatos, mas também com os partidos".
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Moro está em Brasília esta semana para encontros com entidades e aliados. Na noite desta terça-feira, ele tem jantar marcado na casa do senador Eduardo Girão (Podemos-CE) com a bancada do seu partido no Senado. Ele ainda está sem previsão de reuniões com outras legendas.
O ex-ministro considera que os meses de maio e junho serão cruciais por ser o período que antecede a fase das convenções partidárias. E ressalta que ainda é cedo para falar que eventuais alianças não prosperaram.
Ele também disse que há um "pacto" entre os nomes de centro "de saber que os reais adversários são os extremos e não as demais candidaturas de centro".
— É muito cedo. Diversas pessoas estão querendo apresentar seus projetos e temos que respeitar. O ideal é que nós tenhamos uma candidatura única, mas se isso não for possível construir, o eleitor vai decidir por isso lá adiante, vai fazer essa construção pelo mundo político, isso não significa que não estejamos dialogando — avaliou.