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15 deputados da base de Lula assinam carta de apoio à eleição de Milei

São 69 os deputados que se manifestaram, em carta pública, a favor do candidato à Presidência

O presidente Lula (PT) e o candidato à Presidência da Argentina Javier Milei, ao lado do deputado federal Eduardo BolsonaroO presidente Lula (PT) e o candidato à Presidência da Argentina Javier Milei, ao lado do deputado federal Eduardo Bolsonaro - Foto: Edilson Dantas/Agência O Globo

Às vésperas das eleições presidenciais da Argentina, que ocorrem no próximo domingo (22), um grupo de 69 deputados assinaram uma carta pública de apoio ao candidato de extrema-direita Javier Milei. Entre eles, 15 parlamentares filiados a partidos da base do governo Lula (PT): União Brasil (8), PSD (2), Republicanos (2), PP (2) e MDB (1) que, juntos, lideram dez ministérios.

Em manifestação emitida nesta quinta-feira, os congressistas afirmam que o país vizinho atravessa, atualmente, a sua maior crise "econômica, política e moral", que teria sido causada por "políticas públicas assistencialistas empregadas há anos" que "não promoveram o desenvolvimento sustentável, a inclusão produtiva e a autonomia dos cidadãos". As críticas fazem referência ao kirchnerismo, representado por Néstor e Cristina Kirchner e pelo atual presidente, Alberto Fernández, mais ligados a ideais populistas de esquerda.

O documento faz ainda críticas ao governo Lula por supostas interferências no pleito da Argentina: "Javier Gerardo Milei tem representado para os argentinos e para o mundo, especialmente para o Brasil neste momento, o enfrentamento às ameaças e ataques dos seus adversários políticos, sem se omitir diante da casta política argentina que há anos emprega políticas assistencialistas, paternalistas e contrárias ao livre mercado no país", diz trecho da carta.

Além de parlamentares de partidos adversários a Lula, assinaram o documento: Rodrigo Valadares (União Brasil-SE), Coronel Assis (União Brasil-MT), Cristiane Lopes (União Brasil-RO), Luiz Ovando (PP-MS), Evair Vieira de Melo (PP-ES), Felipe Francischini (União Brasil-PR), Leur Lomanto Júnior (União Brasil-BA), Luiz Carlos Busato (União Brasil-RS), Messias Donato (Republicanos-ES), Nicoletti (União Brasil-RR), Padovani (União Brasil-PR), Reinhold Stephanes Júnior (PSD-PR), Sargento Fahur (PSD-PR), Thiago Flores (MDB-RO) e Zucco (Republicanos-RS).

Os deputados em questão pertencem a partidos com cargos no primeiro escalão do governo. No caso do União Brasil, Celso Sabino (Turismo) e Juscelino Filho (Comunicações) lideram ministérios. Já o PSD tem três pastas comandadas por Carlos Fávaro (Agricultura), Pesca (André de Paula) e Minas e Energia (Alexandre Silveira). O Republicanos e o PP possuem um ministério cada — Portos e Aeroportos, sob o comando de Silvio Costa Filho e Esportes, com André Fufuca, respectivamente.

Por sua vez, o MDB tem Renan Filho (Transportes), Simone Tebet (Planejamento) e Jader Filho (Cidades) no primeiro escalão.

Entre os 54 deputados que integram a oposição, a maior parte (50) é do partido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Novo (2), PSDB (1) e Podemos (1) também tem integrantes entre os signatários.

Além de terem assinado a carta, Rodrigo Valadares (União Brasil-SE), Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Marcel van Hattem (Novo-RS) foram autorizados pela Câmara dos Deputados a viajar em missão oficial para acompanhar a votação diretamente da Argentina.

Veja lista de assinantes:

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