Educação

28° Ciência Jovem desembarca em Olinda apresentando projetos científicos nacionais e internacionais

O evento é uma das principais feiras de ciência do Brasil e segue até a sexta-feira (11)

Cerimônia de abertura ocorreu na manhã desta quarta-feira (09)Cerimônia de abertura ocorreu na manhã desta quarta-feira (09) - Foto: Ricardo Fernandes/Folha de Pernambuco

A 28° edição da Feira Ciência Jovem desembarca no Mercado Eufrásio Barbosa, em Olinda, a partir desta quarta-feira (09) e segue até a sexta-feira (11). Cerca de 500 projetos de cunho nacional e internacional estão sendo exibidos no evento, que reúne trabalhos desenvolvidos por estudantes da Educação Infantil ao Ensino Médio/Técnico.

Após dois anos sendo realizada remotamente, a edição de 2022 é a primeira a adotar o formato híbrido para a exibição dos projetos. O evento é realizado pelo Espaço Ciência e conta com a participação de alunos de 21 estados do Brasil e de países como México, Argentina, Paraguai, Colômbia, Porto Rico, Uruguai e Turquia.

O Ciência Jovem é uma das principais feiras de ciência do Brasil e dá a oportunidade para que alunos e escolas divulguem a produção científica desenvolvida nas instituições. Diretor do Espaço Ciência, Antônio Carlos Pavão destaca a importância do evento na formação científica dos estudantes.

“As vezes as pessoas tem uma ideia equivocada de que ciência só se faz nas universidades, nos centros de pesquisa. Mas a ciência também é desenvolvida na escola”, afirmou.

O evento conta com premiações que serão entregues para seis diferentes categorias: Iniciação à Pesquisa, Divulgação Científica, Incentivo a Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico, Educação Científica e Francis Dupuis (projetos internacionais). 

Os projetos premiados recebem credenciais e podem participar de outros eventos nacionais e internacionais.

Alunos do Colégio Coração de Estudante, Gabriele Beatriz, de 14 anos, e Ricardo Luna, de 17, estão entusiasmos com a primeira participação no Ciência Jovem. Eles desenvolveram um trabalho sobre gravidez na adolescência. 

“É muito importante a gente saber um pouco sobre a gravidez, que é um assunto muito comum. A gente vê muitas adolescentes, de 14 anos mesmo, grávidas e estudar sobre esse assunto, saber o método que a gente deve se prevenir, foi bom. Foi uma experiência importante, fizemos pesquisas para saber um pouco mais e aprofundar o assunto”, comentou a jovem.

“Foi uma delícia participar desse trabalho, pesquisar, conscientizar as pessoas, aprender um pouco sobre o assunto. Nós fomos em diferentes bairros, foram entrevistadas 70 pessoas no centro do Recife”, completou o estudante. A pesquisa buscou identificar o perfil de jovens que são pais na adolescência.

Professora dos alunos, Julyanne Cunha ressalta o empenho dos alunos em realizar o trabalho. “É um momento ímpar para cada aluno, pra cada estudante, porque eles conseguem sair do ambiente da sala de aula e tem uma visão diferenciada em relação à educação, ao incentivo à pesquisa. Inclusive, há essa troca de ideias de informação, com outras equipes, com outros estudantes do estado de Pernambuco, mas também de outros estados. Então isso encanta muito os alunos e eles veem a importância de estudar e de realmente buscar se aprimorar mais em relação aos conhecimentos deles”, destacou. 

Caio Cesar é estudante do nono ano do ensino fundamental em Itapissuam e está exibindo seu projeto, um aplicativo voltado para denunciar o cyberbullying. Ao falar sobre o processo de criação do app, Caio destaca que ainda há muita desinformação sobre o tema. 

“A gente deu o máximo para começar a pesquisa e informar sobre o projeto. Muitas pessoas não tem conhecimento sobre o tema, passam por situações complicadas e transtornos. A partir daí começamos a pensar no nosso projeto, como ele seria, como ajudar as pessoas. Junto com nossa orientadora tiramos alguns dias da semana para elaborar o aplicativo.”, afirmou o estudante. 

O trabalho foi desenvolvido em parceria com a estudante Cecília Eduarda, de 15 anos. “Todo mundo sabe que geralmente na nossa geração muitas pessoas vêm sofrendo, têm vergonha, e é muito bom saber que a gente está participando desse projeto para ajudar pessoas”, disse.

O professor Pedro Almeida, represntante da Secretaria de Educação de Itapissuma, ressalta o empenho dos alunos nos projetos exibidos na feira. “Trouxemos quatro trabalhos para cá, que são de quatro realidades diferentes, mas que trazem um certo agregamento para o aluno. Então, são todos trabalhos produzidos pelos alunos, pensados pelos alunos, debatidos pelos alunos, e o professor é o mediador disso”, pontuou.  

Os alunos já vêm desenvolvendo esse projeto desde o início do ano, com os professores, eles projetaram e vêm desenvolvendo e agora vem a culminância”, completou o coordenador pedagógico Berg Alves.

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