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Recife

35ª Refeno: crianças atípicas conhecem barcos que participarão da regata

Ação foi promovida pelo Cabanga Iate Clube, no Recife

Crianças e adolescentes portadores da síndrome do espectro autista e suas famílias visitam as embarcações do Cabanga Iate Clube de PernambucoCrianças e adolescentes portadores da síndrome do espectro autista e suas famílias visitam as embarcações do Cabanga Iate Clube de Pernambuco - Foto: Ricardo Fernandes/ Folha de Pernambuco

Neste domingo (22), em parceria com a 35ª Regata Recife-Fernando de Noronha (Refeno), o Cabanga Iate Clube, no Recife, foi palco de uma ação inclusiva que proporcionou uma experiência inesquecível para crianças atípicas e suas famílias. 

O clube promoveu uma visita especial e exclusiva aos veleiros que participarão da tradicional competição. O objetivo da ação, realizada através da parceria do programa de responsabilidade social do Instituto Cabanga com a Refeno, é difundir a experiência e o conhecimento acerca do espore à vela para o público.

Veleiros participarão da 35ª Regata Refeno
Durante a ação, as crianças puderam explorar as embarcações e entender o funcionamento das "casas flutuantes". Sob a orientação dos capitães dos barcos, elas conheceram os detalhes de navegação e se maravilharam com as histórias sobre a vida no mar. 

Além disso, os participantes também tiveram a oportunidade de interagir com os tripulantes, registrar o momento em fotos e até assumir o comando dos lemes de alguns veleiros, transformando o dia em uma experiência interativa e educativa.

Dia de experiências
Bruna Sobé, moradora do Veleiro Jubarte, que compete na Refeno desde 2018, compartilhou a emoção de abrir as portas de sua casa para as crianças. 

“Eu confesso que não tinha conhecimento sobre essa iniciativa nos anos anteriores, senão provavelmente já teria participado antes. Ver o Rafa com o irmão no barco me remeteu aos meus afilhados, um deles é autista também, então foi uma experiência muito legal pra gente que mora a bordo. Eu acredito que, se a gente pudesse navegar com eles, eles iam adorar ainda mais. Espero que essa ação continue nos próximos anos”, contou Bruna. 

Sanjala Gomes, mãe de José Otávio, de 9 anos, e Rafael, de 2 anos, que participaram da visita, comentou sobre a importância de sair da rotina e vivenciar essa nova experiência com os filhos. 

“Eu sou mãe atípica de dois autistas, e a gente veio aproveitar esse dia diferente. Sair um pouco do ambiente de casa, sair das telas do celular, e está sendo ótimo. Eles amaram”, relatou a mãe. 

Aline Alencar, que levou o filho Dante, de 6 anos, para o evento, também falou sobre a importância desse dia para o filho. 

“Dante é diagnosticado com TEA, e foi um dia maravilhoso para ele e para nós. Conhecer as embarcações e viver um pouquinho desse mundo náutico foi uma experiência incrível”, afirmou Aline. 

Dante, ao ser perguntado sobre o que mais havia gostado, respondeu animado: “Eu gostei do barco Jubarte.” O barco, que pertence à Bruna Sobé.

Passeio e brindes da 35ª Refeno
O evento também reuniu outras famílias e foi finalizado com um passeio de lancha que levou as crianças até as icônicas Torres Gêmeas do Recife. De volta ao Cabanga, as crianças ainda puderam lanchar e escolher presentes para montar seus próprios kits de brindes da 35ª Refeno.

Miguel Xaxá, de 10 anos, que participou da ação junto com seus pais, Fabiana Andrade e Paulo Xaxá, além de sua irmã Júlia, de 6 anos, também compartilhou como foi a experiência: 

“Foi muito bom. Foi um dos passeios mais emocionantes da vida até agora. Foi bem calmo, sem turbulências”, disse Miguel. 

O menino, que já tinha andado de barco antes, ressaltou que essa foi uma das experiências mais emocionantes que já viveu ao lado de sua família.

“Tenho só dez anos, já andei de barco, mas esse passeio foi o mais emocionante”, concluiu Miguel. 

Inclusão
Paula Gonçalves, porta-voz do Cabanga e parte do setor contábil do local, expressou o sentimento do clube com a realização do evento. 

“Para mim, é uma emoção dupla. Primeiro, por participar do evento, e segundo, porque minha filha também é uma criança atípica e participou de tudo. Para o Cabanga, é muito importante realizar esse evento agregador. A vela, por conta do balanço e da calmaria do mar, traz um benefício maravilhoso para as crianças atípicas. É enriquecedor para o clube, e estamos sempre tentando ampliar essa inclusão”, explicou Paula. 

Ainda segundo a organização, essa é apenas uma das iniciativas que visam tornar a prática do esporte Náutico cada vez mais acessível a todos.

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