Dom Helder: Igreja comemora 60 anos do arcebispado do "Dom da Paz" nesta terça-feira (7)
Religioso foi um dos mais importantes líderes da Igreja Católica no Brasil, reconhecido mundialmente pelo trabalho humanitário que realizou
A Arquidiocese de Olinda e Recife comemora, nesta terça-feira (7), os 60 anos da chegada e posse de dom Helder Câmara como arcebispo, a partir das 19h, na Igreja das Fronteiras, no bairro da Boa Vista, no Centro da capital pernambucana.
A cerimônia terá as participações do arcebispo dom Paulo Jackson, da cantora Cylene Araújo e das crianças da Casa de Frei Francisco, braço social do Instituto Dom Helder Câmara (IDHeC).
Durante a celebração, a vereadora recifense Cida Pedrosa (PCdoB) fará a entrega da placa com a lei número 5/2024, sancionada pelo prefeito João Campos nesta terça e que torna o IDHeC Patrimônio Imaterial e Cultural da Cidade do Recife.
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Trajetória
Dom Helder Câmara foi um dos mais importantes líderes da Igreja Católica no Brasil, reconhecido mundialmente pelo trabalho humanitário que realizou. Ele foi o brasileiro com mais indicações ao Prêmio Nobel da Paz, com quatro ao total.
O religioso foi um fundadores da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e um dos principais defensores dos direitos humanos durante a ditadura militar no Brasil, pregando a não violência.
Cearense, ele chegou à arquidiocese em 1964, após uma mudança de planos. De janeiro a março de 1964, o Vaticano transferiu dom Helder do Rio de Janeiro para Salvador, onde ele exerceria a função de Administrador Apostólico, mas, antes de sequer ser enviado à capital baiana, outra transferência foi anunciada: Maranhão, para arcebispo de São Luís.
No entanto, na metade do mês, com o falecimento do arcebispo dom Carlos Coelho, dom Helder recebeu um novo endereço: a Arquidiocese de Olinda e Recife, que assumiu em 11 de abril de 1964.
Segundo registros do Instituto Dom Helder Câmara, o religioso contou que o papa Paulo VI o recebeu de braços abertos para anunciar a mudança. agradeceu pelo amor à Igreja e pelos trabalhos realizados no Rio de Janeiro, ações que teria visto com os próprios olhos e o fizeram feliz ao ver como os pobres conheciam e amavam Dom Helder.
“Quando uma criatura fica assim nas mãos de Deus, opera maravilhas...”, teria dito o Papa Paulo VI.