A economia circular que salva o meio ambiente e pessoas
Em mais um ano de pandemia diversas pessoas ficaram em suas residências e acabaram fazendo faxina de coisas que não tinham mais utilidade, a exemplo de cabos, fios, pilhas e até trocando alguns de seus eletrônicos. Muitos desses produtos são colocados em lixos comuns, alguns permanecendo até 500 anos para ser decomposto pela natureza.
O trabalho de colocar uma cultura de descarte correto dos resíduos ainda é árduo e pouco disseminado. Mas quando ele vai para o lugar certo ganha não só o meio ambiente, mas vidas também são salvas. Só este ano, por exemplo, uma empresa recifense reciclou 270 toneladas de resíduo eletrônico. Com isso, foram poupados, pela indústria, 108 milhões de litros de água; 1.5 toneladas de metais pesados deixaram de entrar em contato com o meio ambiente e 77 toneladas de gases do efeito estufa não foram emitidos na atmosfera.
Esse mesmo resíduo emprega pessoas e qualifica, de forma gratuita, jovens para o mercado de trabalho, com cursos de recondicionamento de computadores, aonde muito do material que também iria para o lixo é usado nas aulas práticas.
Todo esse processo é também chamado de economia circular. Um conceito que associa desenvolvimento econômico a um melhor uso de recursos naturais, por meio de novos modelos de negócios e da otimização nos processos de fabricação com menor dependência de matéria-prima, priorizando insumos mais duráveis, recicláveis e renováveis.
Os resíduos voltam para a cadeia de produção podendo ser reparados, reutilizados, atualizados ou re-inseridos em novos ciclos com mesma qualidade ou superior, ao invés de serem jogados fora.
Esses dados apenas reforçam a importância da reciclagem. Que em 2022 tenhamos mais consciência da importância do descarte correto, gerando menos poluição na natureza.
*Empresário, CEO da REEECicle
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