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Opinião

A palavra para 2023 é esperança

Imagine que o dia 1o de janeiro de 2023 é a primeira página do seu novo ano. Qual seria a palavra que você escolheria para começar a escrever seu ano? Eu já escolhi a minha: ESPERANÇA. Mas não a esperança do verbo esperar, de quem apenas aguarda o que está por vir. Esperança do verbo “esperançar”. Como Paulo Freire sabiamente dizia “esperançar é se levantar, esperançar é ir atrás, esperançar é construir, esperançar é não desistir!”.

E por que esperança? Porque é graças a ela que conseguimos permanecer comprometidos com os nossos ideais, objetivos e sonhos. É ela que nos encontra os motivos para continuar a lutar e acreditar que as circunstâncias atuais, sejam elas quais forem, vão melhorar.

E porque nós, brasileiros, somos filhos dela - assim como do amor - duas palavras eternizadas no hino mais bonito do mundo, o Hino Nacional Brasileiro “Brasil, um sonho intenso, um raio vívido, de amor e de esperança, à terra desce”.

Quando eu falo de “esperança no Brasil” a tendência é que a conversa seja tangenciada à essência da palavra e, fatalmente o assunto se torna "política partidária” o que, inevitavelmente, nubla qualquer análise lúcida e, via de regra, vira polêmica. Por isso, quero deixar bem claro que, ao falar de esperança no nosso país, falo como cidadão e com minha visão da sociedade civil organizada.

Os governos, independente dos partidos, precisam trazer esperança ao povo.. O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou em discurso, pouco antes das eleições, que seu primeiro compromisso é trazer paz, união, prosperidade, amor e esperança. A governadora eleita, Raquel Lyra, passou toda sua campanha falando em “caminhar, levando uma mensagem de fé e esperança aos pernambucanos”. E o atual prefeito do Recife, João Campos, sempre fala da esperança em seus discursos. Desejo a todos, um bom governo em 2023, e espero que nossos gestores públicos entendam que a esperança com a qual um governo precisa trabalhar está no agir com equilíbrio, promover a estabilidade e garantir os direitos fundamentais a todos, sem exceções.

Mas não é exclusividade do setor público essa missão com a esperança. As empresas também carregam essa responsabilidade. É o que chamamos de Responsabilidade Socioambiental. A busca por uma relação saudável com o meio ambiente e com a sociedade deve vir em pé de igualdade com os objetivos financeiros das empresas. Se não elas não sobrevivem num país com consumidores cada dia mais cientes desas responsabilidade. Recentemente, fizemos uma belíssima campanha com a Baterias Moura. A empresa se comprometeu a doar 5 reais para cada comentário em uma postagem no instagram com um vídeo que traz justamente essa mensagem de esperança. A meta era chegar a 200 mil para o Transforma Brasil qualificar pessoas para trabalharem com sustentabilidade. Em menos de 24h, com a força das redes sociais, alcançamos a meta. Esse é um exemplo a ser seguido. Novas práticas, ações como essa trazem impacto e esperança.

Para nós, do Terceiro Setor, a esperança é o que nos guia em tudo. Não é fácil trabalhar para o setor social, mas a esperança nos faz lutar sem lamentar, discutir sem fazer intrigas, derrubar muros e construir pontes. E é construindo pontes, unindo todo mundo, que conseguimos chegar até aqui: Novo Jeito, Porto Social, Transforma Brasil, Casa Zero, Fábrica do Bem… E ajudar tanta gente! Nada disso seria possível sem união e, principalmente, esperança para erguer nosso futuro.

E concluo dizendo que ninguém falou melhor de esperança do que Jesus Cristo. Uma esperança  movida pela fé em que “tudo é possível ao que crê” (Marcos 9:23). Que, em 2023, possamos construir nossas pontes e nosso futuro com muita esperança.



*Empreendedor social e idealizador da Casa Zero



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