'A situação é muito grave. É algo assustador', diz governador da Bahia
Sete estados e governo federal oferecem pessoal, insumos e aeronaves; dez rodovias estão interditadas
O governador da Bahia, Rui Costa (PT), afirmou, neste domingo (26), que vai ampliar bases de apoio para atender às vítimas das enchentes que atingem o Sul do estado. Ao menos 37 municípios sofreram efeitos das chuvas, segundo Rui, e estima-se que cerca de 400 mil pessoas tenham sido afetadas. O governador descreveu a tragédia como "muito grave" e "algo assustador".
"É uma tragédia gigantesca. Não me lembro de algo nessa proporção na História recente da Bahia. A situação é muito grave. É algo assustador", afirmou o governador.
O governo baiano já havia montado uma base de apoio para as operações de resgate em Ilhéus. Neste domingo, foram anunciadas centros de comando em mais quatro localidades: Itapetinga, Vitória da Conquista, Ipiaú e Vale do Jiquiriçá. A distribuição das bases é importante para agilizar os trabalhos, já que ao menos dez rodovias foram interditadas neste domingo, seja por deslizamentos de terra ou enchentes.
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"As distâncias (entre as cidades atingidas pela chuva) são muito grandes, temos 37 cidades com várias comunidades embaixo d'água", afirmou Rui. "Vamos aumentar nossa estrutura de apoio e levar os recursos necessários para áreas remotas com o uso de aeronaves para levar de insumos e mantimentos até equipamentos com o objetivo de assegurar todo tipo de resgate ou socorro".
Ao menos sete governadores e o governo federal já anunciaram auxílio ao governo baiano. Os governos de São Paulo, Espírito Santo, Minas Gerais, Ceará, Maranhão, Paraíba e Piauí se comprometerem a enviar equipes de bombeiros e profissionais da Defesa Civil, além de equipamentos e aeronaves. A criação de mais bases de apoio deve ajudar a distribuir esse efetivo pelo território atingido.
O governo federal vai atuar junto com o estado na base de apoio montada em Ilhéus. Além de também disponibilizar pessoal e equipamentos, como máscaras, botas e coletes, serão fornecidos também medicamentos, de acordo com anúncio feito pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, nas redes sociais.
Em outra frente, prefeitos das localidades atingidas pela tragédia buscam, via governo federal, reconhecimento de estado de emergência por desastre natural. Com isso, as administrações locais poderão acessar recursos federais de forma mais rápida.