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Rússia e Ucrânia

Abastecimento de petróleo russo através da Ucrânia é interrompido devido a sanções

O fornecimento foi interrompido após a negação de uma transação bancária devido a sanções impostas a Moscou, anunciou nesta terça-feira (9) a empresa russa Transneft

Estação receptora do oleoduto Druzhba de petróleo russo em refinaria na HungriaEstação receptora do oleoduto Druzhba de petróleo russo em refinaria na Hungria - Foto: Attila Kisbenedek / AFP

O fornecimento de petróleo russo a vários países europeus através da Ucrânia foi interrompido após a negação de uma transação bancária devido a sanções impostas a Moscou, anunciou nesta terça-feira (9) a empresa russa responsável pelo oleoduto. 

Em comunicado, a empresa Transneft explica que o seu pagamento pelo direito de trânsito pela Ucrânia referente ao mês de agosto, efetuado em 22 de julho, foi rejeitado em 28 de julho devido à entrada em vigor de algumas sanções contra a Rússia.

Consequentemente, a empresa ucraniana UkrTransNafta "deixou de prestar serviços de transporte de petróleo pelo território ucraniano desde 4 de agosto", disse a Transneft.

Trata-se do abastecimento através de um ramal do oleoduto Druzhba e que liga três países europeus sem acesso ao mar: Hungria, Eslováquia e República Tcheca.

 

As entregas para a Polônia e Alemanha, através de outra filial da Druzhba passando por Belarus, "continuam normalmente", disse a Transneft. 

Apesar da ofensiva militar da Rússia desde o final de fevereiro, o petróleo e o gás daquele país continuam transitando pela Ucrânia para os países da União Europeia, muitos dos quais são altamente dependentes dos hidrocarbonetos russos. 

A UE adotou em junho um embargo progressivo ao petróleo russo que prevê o fim das importações de petróleo bruto por navio dentro de seis meses.

Por outro lado, o fornecimento pelo oleoduto Druzhba foi autorizado a continuar "temporariamente" sem prazo, em uma concessão ao primeiro-ministro húngaro Viktor Orban, próximo ao presidente russo Vladimir Putin e cujo país depende de 65% de seu consumo de petróleo russo barato.

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