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Ações conjuntas investem na reconstituição de áreas de vegetação destruídas na Amazônia

Gigantes da tecnologia, como Google e Microsoft, participam de projetos estratégicos para tentar recuperar vegetação destruída na região amazônica

Ações conjuntas investem na reconstituição de áreas de vegetação destruídas na AmazôniaAções conjuntas investem na reconstituição de áreas de vegetação destruídas na Amazônia - Foto: Michael Dantas/AFP

De todas as tecnologias disponíveis para sequestro de carbono, o plantio de árvores é o mais efetivo na natureza. Apesar de incipiente, a agenda da restauração ganha tração na Amazônia em meio a ações de ONGs, empresas privadas e de políticas públicas. Na semana passada, o Ministério do Meio Ambiente encerrou consulta pública da nova versão do Plano Nacional de Vegetação Nativa, principal política de fomento à restauração.

Diretora socioambiental do BNDES, Tereza Campello destaca que a realidade ambiental, no Brasil e no mundo, se alterou nas últimas décadas.

— A grande agenda dos primeiros governos Lula e o de Dilma era a redução do desmatamento. Hoje isso não é mais suficiente. Tem que continuar enfrentando o crime ambiental, mas é necessário ir além, para reconstruir a floresta.

Sob a alçada do BNDES Florestas, o banco trabalha em seis projetos estratégicos. O mais ambicioso é o Arco da Restauração, que em sua primeira fase prevê reflorestamento de seis milhões de hectares até 2030. Para isso, serão usados R$ 450 milhões do Fundo Amazônia e R$ 550 milhões do orçamento de florestas do Fundo Clima.

A segunda etapa prevê investimentos de até R$ 153 bilhões para restaurar 18 milhões de hectares até 2050.

Secretário executivo da Aliança pela Restauração da Amazônia e representante da The Nature Conservancy (TNC) no Brasil, Rodrigo Freire diz que a Amazônia representa a melhor oportunidade de associar reflorestamento a cadeias economicamente sustentáveis.

— Tem demanda, investimento chegando. Esse é o momento de estruturar de forma inteligente.

As big techs estão adquirindo créditos de carbono baseados no reflorestamento da Amazônia e do Cerrado. Além de ser uma das ferramentas utilizadas para atingirem metas climáticas corporativas, Google (Alphabet), Microsoft e Meta contribuem para restauração de biomas relevantes.

De forma geral, as plataformas embarcaram na tendência da inteligência artificial, que exige servidores capazes de processar grandes quantidades de dados.

— Para alavancar os negócios com IA, a pegada energética aumentou. Um dos caminhos é neutralizar as emissões de CO2 — destaca Caio Franco, head de políticas públicas da Mombak, startup especializada na remoção de carbono por meio do reflorestamento na Amazônia.

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Em setembro, o Google fechou acordo para a compra de 50 mil créditos de carbono até 2030. A Microsoft também assinou um contrato para entrega de 1,5 milhão de créditos de carbono até 2032 (cada unidade representa a remoção de uma tonelada de dióxido de carbono da atmosfera).

— É importante investirmos em projetos escaláveis e de alta qualidade, capazes de trazer benefícios ambientais e sociais — diz Brian Marrs, diretor de energia e remoção de carbono da Microsoft.

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