Eleições nos EUA

Acompanhe os resultados desta terça-feira, votação mais importante das primárias nos EUA

Dia mais importante das prévias americanas , mais de um terço dos delegados de cada partido estão em jogo nesta noite

Bandeira dos EUABandeira dos EUA - Foto: Reprodução/Internet

O dia mais importante da primeira fase das eleições americanas chegou. Nesta terça-feira, eleitores de 15 estados diferentes — incluindo gigantes como Califórnia e Texas, além do território da Samoa Americana — vão às urnas escolher, por meio de votação indireta, os candidatos que devem representar os partidos Democrata e Republicano nas eleições gerais, em novembro.

Conhecida como Super Terça, a data costuma definir a configuração final da corrida pela Casa Branca, que, exceto por um fato novo, promete repetir o embate entre o atual presidente, Joe Biden, e seu antecessor, Donald Trump.

Na Super Terça, mais de um terço dos delegados de cada partido estão em jogo: são 865 delegados do Partido Republicano (35% do total nacional) e 1.420 do Partido Democrata (30%).

Os critérios para distribuição, no entanto, variam de acordo com o estado. Em alguns casos, o vencedor leva outros, mas há sistemas em que a distribuição acontece conforme o resultado nos distritos eleitorais. Para obter a nomeação na Convenção Nacional, o vencedor precisa de pelo menos 50% do total de delegados.

Apesar do peso nas prévias americanas, matematicamente é improvável que qualquer um dos candidatos consiga o número mínimo de delegados para a nomeação nesta Super Terça. Trump precisa de 1.215, e atualmente tem 273. Mesmo que leva todos os 854 delegados disponíveis, não sairá vencedor nesta noite. O mesmo vale para Biden, que precisa de 1.968 delegados, e atualmente tem 206. Dependendo dos resultados de hoje, a decisão pode ficar para 19 de março, quando mais eleitores vão às ruas.

Em muitos estados, os eleitores também escolhem nesta terça os representantes aos governos locais, além dos candidatos ao Senado e à Câmara — fator que pode atrasar a contagem dos votos. Nos Estados Unidos, ao contrário do Brasil, o sistema de votação não é automatizado.

Trump x Haley
Neste ano, todos os olhares estão voltados para o duelo no campo republicano. Embora Trump, com 273 delegados, seja franco favorito à nomeação do partido — sobretudo após a vitória na Suprema Corte dos EUA, que o considerou elegível às vésperas da Super Terça —, ele ainda precisa enfrentar um último obstáculo no seu caminho: Nikki Haley.

A ex-governadora da Carolina do Sul, que renunciou ao cargo para assumir como embaixadora dos EUA na ONU durante o governo Trump, é a última adversária do ex-presidente que ainda segue na disputa. No domingo, ela venceu sua primeira prévia, em Washington D.C., mais ainda segue muito atrás do ex-presidente, com apenas 43 delegados. Haley tem chances em alguns estados nesta Super Terça, principalmente os mais urbanos e com votação aberta a eleitores independentes (em muitos, apenas eleitores registrados como republicanos como votar nas prévias do partido). No entanto, há poucas expectativas de que sua campanha possa sobreviver às próximas duas semanas.

Uma pesquisa de boca de urna realizada pela CNN apontou que mais de 60% dos eleitores republicanos na Carolina do Norte, e cerca de 50% dos republicanos na Virginia, afirmaram que Donald Trump estaria apto a ser presidente mesmo se for condenado em um dos quatro processos criminais que ele responde.

A sondagem também mostrou que 40% dos republicanos na Carolina do Norte e 30% na Virgínia se identificam com o chamado “Movimento MAGA”, ou “Façam os EUA Grandes Novamente”, espécie de carro-chefe do discurso trumpista desde 2016. Nos últimos anos, a Virginia é um estado que tem votado com os democratas — a última vitória de um republicano ali foi a de George W. Bush, em 2004. Já a Carolina do Norte desde 2012 vota no Partido Republicano.

Voto de protesto democrata
Do lado democrata, Biden não enfrenta nenhuma grande concorrência além de si mesmo. O presidente venceu com vantagem todas as prévias anteriores à Super Terça, mas desde semana passada sua campanha tenta conter a mobilização de parte do eleitorado, contrário ao seu apoio à Israel na guerra em Gaza, para que as pessoas não votem ou marquem a opção "sem compromisso" nas cédulas.

A alternativa, que indica apoio ao partido, mas não aos candidatos listados, foi escolhida por mais de 100 mil eleitores no Michigan — uma votação surpreendente, que pode ter efeitos nesta noite.

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