Estados Unidos

Acordo judicial de filho de Biden é posto em dúvida por juíza federal

Hunter havia concordado com liberdade condicional por entregar seu IR com atraso, mas Justiça questiona abrangência do acordo que o livraria da prisão por posse irregular de armas

Hunter Biden, filho do presidente Joe Biden, em vídeo da campanha presidencial de 2020Hunter Biden, filho do presidente Joe Biden, em vídeo da campanha presidencial de 2020 - Foto: AFP

O acordo que Hunter Biden, filho do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, havia firmado com a Justiça americana referente a duas acusações de fraude fiscal descarrilou nesta segunda-feira, após a juíza responsável pelo caso apresentar objeções.

O acordo proposto segue uma investigação de um ano do promotor federal em Delaware, David Weiss, nomeado pelo ex-presidente Donald Trump que foi mantido pelo Departamento de Justiça de Biden. Sob os termos do acordo proposto, Hunter não cumpriria pena na prisão.

Mas a juíza que deve aprovar o acordo, Maryellen Noreika, questionou se isso significaria que Hunter estaria imune a processos por outros possíveis crimes — incluindo violações relacionadas à representação de governos estrangeiros — perpetuamente.

Quando um dos principais promotores do caso disse que isso não aconteceria, Chris Clark, o principal advogado de Hunter, respondeu dizendo que o acordo era "nulo e sem efeito". Clark então pediu um recesso para tentar chegar a um acordo para salvar o acordo, e as partes começaram a negociar furiosamente.

Entenda o caso
Hunter Biden concordou em se declarar culpado de acusações de contravenção por não ter pago seus impostos em dia em 2017 e 2018 — período em que ele admitiu ser viciado em crack após a morte de seu irmão, Beau. Ele devia mais de US$ 100 mil em impostos em cada um dos dois anos, de acordo com o Departamento de Justiça, com base em uma renda tributável de mais de US$ 1,5 milhão por ano. Ele pagou sua conta de impostos e multas em 2021.

O Biden mais jovem também foi acusado em conexão com a compra de uma arma de fogo em 2018, quando ele disse falsamente em um formulário do governo que não estava usando drogas. Mas, como parte do acordo, o Departamento de Justiça, sob o que é conhecido como um acordo de desvio pré-julgamento, disse que não processaria Biden pela acusação, desde que ele não possua mais uma arma e permaneça livre de drogas por dois anos.

Os republicanos, que tentaram classificar a família Biden como corrupta, atacaram o acordo como muito brando e citaram o testemunho de dois investigadores da Receita Federal como prova de que o Departamento de Justiça havia dificultado a investigação, o que Weiss negou. Na terça-feira, os republicanos tentaram bloquear o acordo de confissão, argumentando que o acordo havia sido manchado por interferência política. (Com The New York Times)

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